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Anhanga
vb. criado em 06/06/2013, 19h59m.
Quando o bandeirante Bartolomeu Bueno da Silva ateou fogo a um pouco de aguardente que os índios pensavam ser água, levou-os a crer que possuía poderes mágicos. Os silvícolas chamaram-no então Anhangüera (nome derivado de anhanga), que significa diabo velho.
O mito do anhanga, alma errante que vagava pelos campos e florestas, é dos mais antigos do Brasil. Os padres José de Anchieta, Manuel da Nóbrega e Fernão Cardim fazem referência em suas cartas ao espírito malfazejo que atemorizava os indígenas e homens do campo. André Thevet, cronista que acompanhou Villegaignon na expedição francesa ao Brasil em 1955, cita-o com o nome de agnan, enquanto Hans Staden chama-o ingang. O poeta Gonçalves Dias, que era também estudioso das culturas do Novo Continente, acreditava ser o nome derivado de mbai-aiba, coisa má. Em sua poesia, como na música de Villa-Lobos, a grafia anhangá é preferida.
Os vários tipos de anhanga tomam nomes diferentes, de acordo com a forma física em que se corporificam. Mira-anhanga, tatu-anhanga, suaçu-anhanga, tapira-anhanga e pirarucu-anhanga designam o mau espírito respectivamente sob a forma de gente, tatu, veado, boi e peixe.
(f.: Barsa CD v. 1.11 (1995). Baseada na Nova Enciclopédia Barsa. São Paulo: Encyclopaedia Britannica do Brasil Publicações (1 CD))
ENCYCLOPAEDIA V. 51-0 (11/04/2016, 10h24m.), com 2567 verbetes e 2173 imagens.
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