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Como olhar um quadro



index do verbete

Strickland

5 aspectos.

Composição: Movimento: Unidade e equilíbrio: Cor e contraste claro-escuro: Clima: v. S001a Strickland, Arte Comendada

barsa:

Trecho tirado de Arte, f. de l. do vb. da Barsa

Elementos básicos das artes plásticas

o Ponto, a [Linha], o plano, a textura, a cor, a massa e o espaço.

Ponto. O elemento mais (simples?). Isolado, é elemento estático; combinado com outros pontos, pode-se transformar em dado sugestivo de movimentação e de ritmo.

Linha. Sugere deslocamento; horizontal pode exprimir a calma, o repouso, a estabilidade; a vertical, a dignidade, a altivez; a oblíqua, o desequilíbrio, a transição, a queda; a curva, a sensualidade.

Plano. Espaço ocupado pela obra de arte. Pode ser real (arquitetura) ou ideal (pintura). Espaço positivo (utilizado pelo artista) e espaço negativo (zonas de repouso, corresponde à pausa musical).

Textura. Qualidade física do plano. Se impõe ao tato. Valores táteis de uma obra de arte.

Cor. Sensação visual que derive da luz. Primárias, secundárias e terciárias. Quentes (por associação de idéias lembram o calor do sol e o fogo, o amarelo, o laranja, o vermelho) e frias (lembram a noite, o mau tempo, o gelo (o azul, o violeta).

Massa. Presente nas artes bidimensionais como ilusão. Quantidade de matéria e presumível gravidade a que estaria submetida. As massas se aproximam de uma forma geométrica básica (a esfera, o cilindro, o cubo, o cone, a pirâmide). O reconhecimento de tais formas é fonte de satisfação.

Espaço. os espaços positivos concorrem igualmente com os negativos para a eficiência do todo.

fontes diversas

Elementos mencionados por autores de comics:

textura (acho que é o mesmo que "efeitos de superfície"), efeitos de iluminação, estrutura, composição (não sei se é o mesmo que "design"), "rendering" (ainda não achei a tradução correta [1]), storytelling (narrativa, mas não é uma tradução muito expressiva), movimento, contraste (ou balanço de claro-escuro, ou uso do preto, ou do espaço negativo), expressões, "clima" (ou ambiente ou sentimento), linguagem corporal, enquadramento (ângulo).

Garcia-López sobre Andru: nada para distrair o leitor, pura narrativa limpa, os personagens são os astros, e não o artista. E sobre Bernett: não precisa de arranjos complicados para prender a atenção do leitor, apenas a boa e velha narrativa gráfica.

Curso de Arte na Khan

Descrever o que vê é a primeira etapa. Inventariar a paleta (as cores usadas) e possíveis associações. Buscar o tamanho, posicionamento e relação entre os elementos, e possíveis significações disso.

Arte foi usada no passado para educar, gerar devoção, consolidar ou desafiar o poder, lembrar pessoas queridas, lembrar-nos de nós mesmos. Mas quase sempre a obra de arte diz algo sobre o que significa ser humano.

Um artista pode utilizar elementos arquiteturais (numa pintura que conta uma história), para mostrar a divisão do caso em episódios. Nesse caso muros, paredes, rios e estradas podem servir para guiar o olhar ao longo do quadro mostrando a sequência de fatos. Também a perspectiva pode servir para indicar a cronologia: o presente no primeiro plano, o futuro mais longe (ao fundo).

A iluminação enfatizada, mais a presença ou ausência de detalhes fisionômicos, pode indicar a maior ou menor importância de um elemento na composição.

As linhas indicadas por olhares e gestos podem dividir o quadro em seções.

Perspectiva é um sistema matemático para representar objetos tridimensionais numa superfície plana (bidimensional); baseia-se na ideia de que linhas convergentes são paralelas que se afastam.

Cézanne pintava objetos vistos de pontos de vista diferentes; todos os pontos de vista eram possíveis, mas não simultaneamente, como aparecem no quadro; isso servia para lembrar que a tridimensionalidade é uma ilusão numa superfície bidimensional (plana).

A superposição de elementos serve para criar integração do conjunto e reforçar a ilusão de espaço (profundidade).

Artistas usam cores para: a) unificar (agrupar) elementos, b) expressar emoções e c) chamar a atenção para elementos específicos.

A composição (por exemplo, colocar um elemento na diagonal do quadro) cria ilusão de movimento e proximidade (movimento em direção ao espectador).

Cores quentes parecem crescer no quadro e se adiantar em direção ao olhar; cores frias parecem encolher e se afastar. Servem para enfatizar ilusão de profundidade.

Fonte central de luz cria sombras marcadas, permitindo efeito dramático (indicação do que é mais importante).

A fonte e direção da luz pode também ser manipulada de forma antinatural para destacar uma figura ou uma ideia.

Sombras dão ilusão de solidez (substancialidade) e volume. Reflexos e brilhos também indicam superfície (textura) e formato).

A pincelada pode revelar a intenção do pintor, ou os aspectos do tema que ele quer destacar. Pincelada miúda, invisível, indica preocupação com detalhes e profundidade, e pincelada grossa indica movimento e vitalidade.


[1] V., por exemplo, "flat shadows with no rendering", na p. 16 do Modern Masters vol.4 (Nowlan, referindo-se a Toth).
ENCYCLOPAEDIA V. 51-0 (11/04/2016, 10h24m.), com 2567 verbetes e 2173 imagens.
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