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Nix
index do verbete
Essas duas divindades primordiais, as últimas a emergir do Caos, simbolizam de diferentes formas as trevas primitivas. Érebo (gr. Ἔρεβος) era, aparentemente, a escuridão profunda que se formou no momento da criação, e mais tarde ficou localizada no mundo subterrâneo. Nix (gr. Νύξ), a noite, representava a escuridão situada logo acima de Gaia.
Da escuridão, a luz
Inicialmente, Nix uniu-se a Érebo, e dessa união nasceram Éter e Hemera, as primeiras entidades luminosas de um mundo até então totalmente escuro. Éter (gr. Αἰθήρ) era a luminosidade pura e brilhante da região superior da atmosfera, próxima à abóbada celeste; Hemera (gr. Ἡμέρα ) personificava o dia, isto é, a luz que brilha logo acima da terra.
Posteriormente, Nix gerou outros descendentes, como as Moiras, Hipno, Tânato e Éris, entre outros, mas sem o auxílio de Érebo.
Literatura, Iconografia e culto
Nix inspirou um dos mais belos e sombrios poemas de Álvaro de Campos (Dois Excertos de Odes, 1914).
Eurípides descrevia Nix como uma deusa alada, que vestia negro e utilizava uma carruagem acompanhada, em seu caminho, por estrelas (E. Or. 175-6 e Ion 1150)[1]. Em raras imagens de vasos, porém, e também nos relevos do altar de Zeus em Pérgamo, era representada por uma simples figura feminina, sem atributos específicos. Pausânias refere que havia uma estátua dela em Éfeso (10.38.3) e que ela tinha um oráculo na acrópole de Mégara (1.40.1).
Não há evidências de que Érebo, Éter e Hemera tenham sido representados, ou que tenham sido cultuados.
f.: Portal grécia antiga
ENCYCLOPAEDIA V. 51-0 (11/04/2016, 10h24m.), com 2567 verbetes e 2173 imagens.
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