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Oceano, mito grego
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Quando Crono se tornou o novo soberano do mundo, os outros titãs foram libertados e Ponto, o mar, tornou-se o novo consorte de Gaia. Com isso, novas divindades surgiram e a formação do mundo pôde prosseguir.
Oceano e Tétis
O titã Oceano (gr. Ὠχεανός) nunca saía do lugar e pouco participou das lendas. Era imaginado como um imenso "rio" que cercava totalmente a terra firme — conceito assimilado, inclusive, pelos primeiros geógrafos; unido à irmã Tétis (gr. Τηθύς), teve mais de três mil filhos e filhas. Todos os rios e fontes do mundo se originavam dele, assim como as numerosas oceânides.
A titânide Tétis parece ter sido, na origem, uma deusa-mãe, e seu nome aparece nas tabuinhas de Pilos escritas em linear B. Deusa da fertilidade, portanto, simbolizava provavelmente a capacidade geradora e fecundante das águas.
É grande a importância da água nas diversas lendas da criação, como por exemplo as do Egito e da Índia antiga. Entre os gregos, Homero relata igualmente que tudo teria se formado a partir do titã Oceano e de sua irmã e consorte Tétis (Il. 14.201). A versão de Hesíodo, que dá a primazia ao Caos e coloca Oceano entre os deuses da segunda geração, porém, se tornou a mais aceita.
Outros titãs e titânides
Os demais titãs e titânides, praticamente, têm importância meramente genealógica e, eventualmente, cultual. Juntamente com Oceano e Crono, participam coletivamente da titanomaquia.
A titânide Têmis (gr. Θέμις) personificava a ordem e as leis imutáveis e eternas, e por extensão, a justiça mais elevada. Foi, posteriormente, uma das consortes de Zeus e mãe das horas. Segundo alguns mitógrafos, inventou os oráculos e rituais religiosos; algumas versões afirmam que no oráculo de Delfos, antes da chegada de Apolo, era ela a deusa das profecias, e não Gaia. Mnemosine (gr. Μνημοσύνη), outra titânide, personificava a Memória e tornou-se, posteriormente, consorte de Zeus e mãe das musas.
(Apolo e o coro das musas)
[Hipérion] (gr. Ὑπερίων, "o que caminha no alto") era, provavelmente, uma divindade pré-helênica ligada ao sol, à luz do sol ou, possivelmente, o próprio sol. Unido à irmã Téia (gr. Θεία), gerou Selene, a lua; Eos, a aurora; e Hélio, o sol. Na época de Homero, o sol era já personificado por Hélio, e "Hipérion" era apenas um epíteto (Il. 8.480).
[Jápeto] (gr. Ἰαπετός) uniu-se a uma sobrinha, a oceânide Ásia, e gerou Atlas, Prometeu e [Epimeteu]; de sua linhagem surgiriam, mais tarde, os mortais. Ceos (gr. Κοῖος) uniu-se à irmã Febe (gr. Φοίβη) e gerou Leto, mais tarde um dos amores de Zeus. [Crios] (gr. Κρεῖος) uniu-se à sua meia-irmã Euríbia, filha de Ponto e Gaia, e gerou Palas, Perses e Astreu, entidades de importância puramente genealógica.
Iconografia e culto
Oceano, nos mais antigos vasos de figuras negras, era representado como um tritão (tal e qual Nereu) ou com cabeça de touro. Cada cidade venerava seu rio, sua nascente, e em alguns locais havia até templos dedicados a eles; em geral apenas Aqueloo era representado, habitualmente na forma de Centauro ou Touro.
[Têmis], mostrada como uma senhora de aspecto severo, era adorada em Ramnunte (Ática), no santuário de Nêmesis.
f.: Portal grécia antiga
ENCYCLOPAEDIA V. 51-0 (11/04/2016, 10h24m.), com 2567 verbetes e 2173 imagens.
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