A escola não transmite conhecimento de forma democrática. Alunos das classes ricas trazem de berço uma herança, o Capital cultural (abr. loc.: ~c). A cultura são os valores e significados que orientam e dão personalidade ao grupo social. O ~c transforma a cultura numa espécie de moeda que as classes dominantes utilizam para acentuar as diferenças, transformando a cultura em instrumento de dominação. As classes dominantes impõem às dominadas sua própria cultura, dando-lhe um valor incontestável (Arbitrário cultural dominante (abr. loc.: ~acd), a cultura imposta pelos dominantes aos demais). A escola contribui para isso porque perpetua, consagra e cobra a cultura da classe dominante. Enfatiza as diferenças de ~c, valoriza os códigos do ~acd, que os alunos das classes populares não conhecem, tornando para eles o aprendizado muito mais difícil e marginalizando-os. A classe popular tem cultura, mas não a cultura que a escola valoriza e demanda. A escola não cobra só o que ensina, mas outras habilidades, compatíveis com o ~acd. Isso é a Violência simbólica[1].