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Romantismo




Gericault, 1791-1824, lançou o romantismo na pintura com ‘A balsa do Medusa’, 1818, baseada numa história real que investigou a fundo. Vida extrema, morreu aos 32. Clique no link para ver a imagem em tamanho maior:rel://files/Theodore-Gericault1024768.jpg

Romantismo foi um movimento artístico, político e filosófico surgido nas últimas décadas do século XVIII na Europa que perdurou por grande parte do século XIX. Caracterizou-se como uma visão de mundo contrária ao racionalismo e ao iluminismo e buscou um nacionalismo que viria a consolidar os estados nacionais na Europa [2].

Inicialmente apenas uma atitude, um estado de espírito, o Romantismo toma mais tarde a forma de um movimento, e o espírito romântico passa a designar toda uma visão de mundo centrada no indivíduo. Os autores românticos voltaram-se cada vez mais para si mesmos, retratando o drama humano, amores trágicos, ideais utópicos e desejos de escapismo. Se o século XVIII foi marcado pela objetividade, pelo Iluminismo e pela razão, o início do século XIX seria marcado pelo lirismo, pela subjetividade, pela emoção e pelo eu.

O termo romântico refere-se ao movimento estético ou, em um sentido mais lato, à tendência idealista ou poética de alguém que carece de sentido objetivo.

O Romantismo é a arte do sonho e fantasia. Valoriza as forças criativas do indivíduo e da imaginação popular. Opõe-se à arte equilibrada dos clássicos e baseia-se na inspiração fugaz dos momentos fortes da vida subjetiva: na fé, no sonho, na paixão, na intuição, na saudade, no sentimento da natureza e na força das lendas nacionais

Combinando originalidade e subjetivismo, o Romantismo considera a imaginação superior à razão e à beleza.

Características

1ºgeração : As características centrais do romantismo viriam a ser o lirismo, o subjetivismo, o sonho de um lado, o exagero, a busca pelo exótico e pelo inóspito de outro. Também destacam-se o nacionalismo, presente da colectânea de textos e documentos de caráter fundacional e que remetam para o nascimento de uma nação, fato atribuído à época medieval, a idealização do mundo e da mulher e a depressão por essa mesma idealização não se materializar, assim como a fuga da realidade e o escapismo. A mulher era uma musa, ela era amada e desejada mas não era tocada.

2ºgeração: Eventualmente também serão notados o pessimismo e um certo gosto pela morte, religiosidade e naturalismo. A mulher era alcançada mas a felicidade não era atingida.

3ºgeração: Seria a fase de transição para outra corrente literária, o realismo, a qual denuncia os vícios e males da sociedade, mesmo que o faça de forma enfatizada e irónica (vide Eça de Queirós), com o intuito de pôr a descoberto realidades desconhecidas que revelam fragilidades. A mulher era idealizada e acessível.

Byronismo: O Byronismo é inspirado na vida e na obra de Lord Byron, poeta inglês. Estilo de vida boêmio, voltado para vícios, bebida, fumo , podendo estar representado no personagem ou na própria vida do autor romântico. O byronismo é caracterizado pelo narcisismo, pelo egocentrismo, pelo pessimismo, pela angústia.

^ e individualismo [3]

O Romantismo, movimento literário que coincidiu historicamente com a Revolução Industrial, no final do séc. XVIII, encaixava-se perfeitamente na visão individualista de mundo, alcançando seu pleno desenvolvimento no século XIX. Nele o indivíduo era visto como um fim em si mesmo e, portanto, como um agente que deveria ser livre para escolher seus projetos, inclusive os amorosos. Propunha-se que a vida amorosa não deveria mais ser governada por nenhum poder metafísico ou externo ao indivíduo, mas sim por ele mesmo, segundo seus próprios sentimentos e valores.

Caracterizou-se por uma contraposição aos princípios dominantes da modernidade em sua forma exposta pelo Iluminismo: a razão era combatida pela imaginação, o artifício pelo natural, a objetividade pela subjetividade, o mundano pelo visionário. Se a Modernidade significava um rompimento com o passado e uma orientação decisiva para o futuro, através das insígnias do método científico, o Romantismo inclinava-se para o passado em busca de recursos para criticar posturas que pudessem macular o primado da emoção e da sensibilidade humanas

Valorização de um amor idealizado, eterno e, fundamentalmente, escolhido.

O ideal de ‘amor eterno e insubstituível’ é o centro irredutível do amor romântico.

comentários:

"o que é o ^? A mentira do indivíduo como ilha. Ele afirma a insularidade do indivíduo, incompreensível do exterior" [4].

No cotidiano o ^ se resume a Sturm und Drang [5]


Notas e adendos:

[1] f. pr. neste trecho: wkp.

[2] A ideia de Rousseau de que o homem é bom por natureza, e a sociedade o corrompe, influenciou o ^ (B2011f 144).

[3] f. pr. neste trecho: Nunes, 2006.

[4] Pourriol, Filosofando no cinema.

[5] S1998s.

ENCYCLOPAEDIA V. 51-0 (11/04/2016, 10h24m.), com 2567 verbetes e 2173 imagens.
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