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Antigona
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De todas as coisas admiráveis, nada é mais espantoso que o homem (Sófocles, Antigona, apud ngeo fev 2000).
Antígona (em grego Ἀντιγόνη) é uma figura da mitologia grega, irmã de Ismênia, Polinice e Etéocles, os filhos incestuosos de Édipo e Jocasta.(1)(2). Em uma outra versão, a mãe dos filhos de Édipo se chamava Eurygania, filha de Hyperphas.(2)
A versão clássica do Mito sobre a Antígona é descrita na obra Antígona do dramaturgo grego Sófocles, um dos mais importantes escritores de tragédia. Esta obra é uma das três que compõe o que ficou conhecido como Trilogia Tebana, da qual também fazem parte Édipo Rei e Édipo em Colono. Essas três peças foram unidas posteriormente, e não faziam parte da mesma trilogia quando Sófocle as escreveu. Na verdade, cada uma era parte de uma Trilogia diferente, mas apenas essas três peças chegaram aos dias de hoje(carece de fontes).
Filha de Édipo e Jocasta, que tinham mais três filhos, Etéocles, Ismênia e Polinice.(1)(2) Foi um exemplo tão belo de amor fraternal quanto Alcestes foi do amor conjugal. Foi a única filha que não abandonou Édipo quando este foi expulso de seu reino, Tebas, pelos seus dois filhos. Seu irmão, [Polinice], tentou convencê-la a não partir do reino, enquanto [Etéocles] ficou indiferente com sua partida. Antígona acompanhou o pai em seu exílio até sua morte. Quando voltou a Tebas, seus irmãos brigavam pelo trono.
Polinice se casa com Argia,(3)(4)(5) a filha mais velha de Adrasto,(4) rei de Argos, e junto dele arma um ataque contra Tebas, que é chamado de expedição dos "Sete contra Tebas" onde Anfiarau prevê que ninguém sobreviveria, somente o rei de Argos. Como a guerra não levou a lugar nenhum os dois irmãos decidem disputar o trono com um combate singular, onde ambos morrem. Creonte, tio deles, herda o trono, faz uma sepultura com todas as honras para Etéocles, e deixa Polinice onde caiu, proibindo qualquer um de enterrá-lo sob pena de morte.(6) Antígona, indignada, tenta convencer o novo rei a enterrá-lo, pois, quem morresse sem os rituais fúnebres seria condenado a vagar cem anos nas margens do rio que levava ao mundo dos mortos, sem poder ir para o outro lado. Não se conformando, ela rouba o cadáver insepulto que estava sendo vigiado, e tenta enterrar Polinice com as próprias mãos, mas é presa enquanto o fazia.
Na versão de Sófocles, Creonte manda que ela seja enterrada viva. Sua irmã Ismênia tenta defendê-la e se oferece para morrer em seu lugar, algo que Antígona não aceita, e Hêmon, seu noivo e filho de Creonte, não conseguindo salvá-la, comete suicídio. Ao saber que seu filho havia suicidado, Eurídice, mulher de Creonte, também se mata.
Na versão de Higino, Antígona e Argia, respectivamente irmã e esposa de Polinice, secretamente colocaram seu corpo na pira onde seria queimado o corpo de Etéocles.(6) Elas foram vistas pelos guardas, mas Argia consegue escapar.(6)
Creonte encarregou seu filho Hémon, noivo de Antígona, de executá-la, mas ele, secretamente, a entregou aos pastores.(6) Anos mais tarde, quando o filho dos dois retornou a Tebas para participar de jogos, Creonte reconheceu no corpo do neto a marca dos descendentes do Dragão de Ares.(6)
Héracles implorou a Creonte para perdoar o filho, sem sucesso.(6) Hémon se matou, e matou Antígona.(6) Creonte então casou sua filha [Mégara] com Héracles, e desta união nasceram Therimachus e Ophites.(6)
f.: Portal grécia antiga
ENCYCLOPAEDIA V. 51-0 (11/04/2016, 10h24m.), com 2567 verbetes e 2173 imagens.
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