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narciso



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Caravaggio. Narciso. Clique no link para ver a imagem em tamanho maior:rel://files/narcissus(1).jpg!Large.jpg

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O mito grego de Narciso relata a lenda de um jovem fascinado pela sua própria beleza, a ponto de perder a consciência do mundo externo. O estudioso Joaquim Gasquet explica esse mito como uma ilustração primordial a nível cósmico (e não sexual) de que o “mundo é um imenso Narciso no ato de contemplar a si mesmo”. Assim, Narciso, inclusive na psicologia, transformou-se em símbolo da atitude de autocontemplação, introversão e auto-suficiência.

f.: Pellegrini, L. (1995). Dicionário de Símbolos Esotéricos. São Paulo: Editora Três.

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Eco (gr. Ἠχώ), uma ninfa dos bosques e das fontes, era de uma tagarelice irrefreável. Ia sempre ao Olimpo, a pedido de Zeus, para distrair Hera com sua conversa enquanto o rei dos deuses e dos homens dava suas voltinhas entre os mortais (ou melhor, entre as mortais). Hera, porém, acabou descobrindo o ardil e puniu a pobre ninfa tirando-lhe o dom da fala e condenando-a a repetir apenas as palavras que ouvia dos outros.

Narciso (gr. Νάρκισσος), filho do deus-rio Cefiso e da ninfa Liríope, era um moço de grande beleza, porém insensível ao amor. Muitas jovens e diversas ninfas se apaixonaram por ele, mas não tiveram nenhum sucesso. A ninfa Eco, com alguma dificuldade, declarou-lhe também seu amor e ficou tão desesperada ao ser repelida que começou a definhar: o belo corpo desapareu e por fim restou apenas a sua voz.

As demais ninfas, revoltadas, clamaram por vingança e foram atendidas por Nêmesis. Certo dia, durante uma caçada, Narciso se debruçou sobre a fonte de Téspias, perto do Monte Hélicon; ao contemplar a superfície da água apaixonou-se pelo que viu, isto é, por seu próprio reflexo. Indiferente a tudo, o moço não mais saiu dali e nem mesmo conseguia tirar os olhos de sua imagem. Acabou morrendo de inanição e, no local de sua morte, brotou a flor chamada narciso.

Fonte

O mito de Narciso era conhecido por Pausânias (9.31.7-9) e, talvez, por Estrabon (9.2.10); mas a versão mais conhecida da lenda é, indubitavelmente, a do poeta romano Ovídio (Met. 3.339-510).
ENCYCLOPAEDIA V. 51-0 (11/04/2016, 10h24m.), com 2567 verbetes e 2173 imagens.
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