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Escola sofística


vb. criado em 09/07/2013, 13h40m.

Sofista: "mestre da sabedoria". Professores profissionais, remunerados, de grande prestígio social [1].

Duas causas. Uma, filosófica: fracasso dos filósofos anteriores em determinar com segurança a origem do ser e da moral. Isso levou ao questionamento da capacidade humana de descobrir a verdade. Outra, político-social: colapso dos regimes aristocráticos, início da democracia, criando vantagem para quem estivesse apto a convencer pela palavra; surge burguesia desejosa de adquirir um saber que antes lhe era interdito.

Ética. Descoberta a antítese entre natureza e costume, tradição e lei. Duas posições antagônicas: o costume como instrumento artificial restringindo a liberdade natural, ou como restrição benéfica e civilizada da anarquia natural.

Relativismo do pensamento sofista. Privilegiaram Dialética e retórica não como formas de descobrir a verdade, mas de triunfar na vida política e social (interesse pragmático).

Primeira geração : Protágoras, Górgias, Pródico e Hípias. Rejeição à tradição, relatividade dos critérios morais e epistemológicos, negação da existência de verdades absolutas.


Protágoras

Protágoras, "o homem é a medida de todas as coisas" (parece significar que não existe verdade, virtude, bem, de forma absoluta: o homem é quem atribui conteúdo a esses conceitos).

Protágoras colocou o homem no centro do pensamento. A verdade depende da experiência pessoal; qualquer afirmação é sempre relativa a um ponto de vista, uma sociedade, um modo de pensar [3]. Foi expulso pela assembleia, que mandou confiscar e queimar seus livros em praça pública [2].

Não havia advogados e os sofistas ocuparam o espaço como uma classe de conselheiros que ajudava pessoas a vencer causar pelo argumento. Protágoras manteve a ideia (dos seus antecessores) de retirar a Religião do argumento filosófico, e mudou o foco da ~f: enfocava o comportamento humano em vez da natureza do universo [4].

Epistemologia. Górgias: Poder mágico das palavras. A inteligência também pode ser usada para mentir e seduzir. "Nada existe; se existisse, não poderia pensado; se existisse e pudesse ser pensado, não poderia ser explicado [3].

Segunda geração: Cálicles, Trasímaco e Crítias; "Erística", puro exercício retórico de persuasão.

Criticados por Platão e Aristóteles: sofística é a "arte da sabedoria aparente"; sofistas eram simples comerciantes do saber. Hegel: revisão crítica e valorização dos sofistas como antecedentes indispensáveis de Platão e Aristóteles.


Notas e adendos:

[1] f. pr.: Barsa.

[2] D2012h (94).

[3] V2013g.

[4] B2011f.
ENCYCLOPAEDIA V. 51-0 (11/04/2016, 10h24m.), com 2567 verbetes e 2173 imagens.
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