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Santayana


vb. criado em 03/05/2015, 17h37m.


Santayana

Bio, resumo. 1863-1952. "Aqueles que não conseguem lembrar o passado estão condenados a repeti-lo". Enfatizava o progresso, que depende de aprender com as lembranças e é mais um processo de adaptação que de revolução. A civilização é cumulativa [1]. "Nunca temi a desilusão, eu a escolhi". "Esta é toda a minha mensagem: que moralidade e religião são expressões da natureza humana; que a natureza humana é um produto da evolução biológica; e finalmente, que o espírito, fascinado e torturado, é envolvido no processo, e suplica pela salvação" [3].

Culturalmente desenraizado e criado na oscilação entre os valores hispânico-católicos e americano-protestantes, gerou uma ~f marcada por um senso de distanciamento, rejeitando simultaneamente as tradições idealista, positivista e pragmática, e criando uma obra muito pessoal. Sentia-se "um estrangeiro no coração", e gozando de vantagens intelectuais, e desvantagens morais e sociais, por ter sido precocemente desenraizado. "Minha filosofia não é nem pretende ser científica". Ceticismo ("no system is to be trusted, not even that of science in any literal or pictorial sense; but all systems may be used and, up to a certain point, trusted as symbols"), Materialismo (a matéria é fonte e causa de tudo, logo o pensamento é produto de um processo material) Humanismo. Toda vida da razão foi gerada e controlada pela vida animal do homem no seio na natureza. A mente humana não pode afetar a natureza, somos criaturas e não criadores [2].

Epistemologia. A vida da razão não se restringe a atividades puramente intelectuais, pois a razão, em todas as suas manifestações, compreende uma integração de instinto e reflexão [4]. As essências são as características óbvias que distinguem um fato do outro; não existem fora dos fatos em que figuram. Paradoxalmente, entretanto, a mente não pode conhecer a existência, só as essências. Logo, não há relação necessária entre o que é percebido e o que existe. Logo, toda vida do conhecimento vem de dentro. Logo, não se pode obter conhecimento verdadeiro.

m.c.: As essências não têm existência; são só características do que existe. Algo como ideias que formamos definindo analogias e diferenças, e categorizando os fatos, para diferenciá-los um do outro, uma criação racional. Mas a mente não têm contato com o que existe fora dela, só com as essências, que existem dentro dela.

Religião. As obras da Imaginação são boas, o resto (todo o mundo real) são meras cinzas. Religião, ciência, arte e ~f são meras obras da imaginação, mas a primeira é a mais importante de todas (embora ^ não cresse em Deus). "A religião é poesia válida infundida na vida comum". A verdade da ^^ é irrelevante, porque todas as religiões são interpretações imaginativas, poéticas, da existência e dos ideiais, não são descrições de coisas existentes. O valor da ^^ é moral, tanto quanto o da arte.

Arte, Estética. A Beleza é um bem moral. As artes são valioras justamente porque são ilusórias. Como a religião, a arte genuína expressa ideais relevantes para a condição humana. Se a religião é a obra mais importante da imaginação humana, a arte é a mais esplêndida e completa.


Notas e adendos:

[1] B2011f.

[2] f. pr.: "George Santayana." Encyclopedia of World Biography. 2004. Retrieved May 04, 2015 from Encyclopedia.com: http://www.encyclopedia.com/doc/1G2-3404705723.html.

[3] "This is all my message," he wrote by way of summary, "that morality and religion are expressions of human nature; that human nature is a biological growth; and finally that spirit, fascinated and tortured, is involved in the process, and asks to be saved".

[4] G99e.
ENCYCLOPAEDIA V. 51-0 (11/04/2016, 10h24m.), com 2567 verbetes e 2173 imagens.
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