Bio. Doutrina de Epicuro (Grécia, -341/-270). Cerca 306 a. C. abriu sua escola a céu aberto em Atenas, o “Jardim”, onde passou a viver com inúmeros alunos, inclusive mulheres e escravos. O Epicurismo foi o 1º sistema materialista, opôs-se ao idealismo de Platão.
Felicidade. Definiu regras a seguir para ser feliz: confiança na natureza, indiferença diante da morte, ausência de dor como limite (máximo?) do prazer. Busca da Ataraxia (ausência de perturbações, tranquilidade da alma). Divide os desejos em necessários (que têm em vista o bem moral, especialmente o desejo de amizade) e os não necessários (que podem ser reprimidos sem causar dor). O prazer é o começo e fim da vida feliz e é o Bem Supremo, mas o prazer em repouso, a evitação do sofrimento do corpo e da perturbação da Alma (ao contrário do Hedonismo, que visa o prazer em movimento).
O ^ foi deturpado em Roma e adquiriu conotações auto-indulgentes que não tinha originalmente [3].
O maior objetivo da vida é a felicidade, e a dificuldade em atingi-la decorre do medo que sentimos da morte [2].
Ética. Hostil a qualquer concepção metafísica da justiça. Os deuses imortais são incapazes de fazer o mal, e o temor da fatalidade (destino) é vão, porque a liberdade (capacidade de mudar os átomos de direção) garante o Livre-arbítrio.
Epistemologia. Definiu cânones da verdade. A primeira evidência é a da sensação, base inabalável de todo conhecimento: os sentidos recolhem simulacros, partículas emitidas pelos corpos. A segunda é a antecipação (a Memória permite reconhecer o que a sensação já conheceu). A terceira é a afeição, o prazer e a dor, que informam o que procurar e do que fugir. A quarta são as prenoções, evidências sobre as coisas invisíveis que não procedem do imaginário, mas cuja noção nasce de imagens reais produzidas durante o sono.
Alma: Para Epicuro o espírito é da mesma natureza que o corpo (feito de átomos, só que mais sutis), e assim também sujeito à Morte. A física, libertação das superstições, é fundamento da arte de viver.