"Todos os homens procuram ser felizes; isso não tem exceção... É esse o motivo de todas as ações de todos os homens, inclusive dos que vão se enforcar..." (Pascal, apud Sponteville).
‘A filosofia se divorciou da ciência ao indagar com qual conhecimento da vida e do mundo o homem vive mais feliz. Isso aconteceu nas escolas socráticas: tomando o ponto de vista da felicidade, pôs-se uma ligadura nas veias de investigação científica’ (Nietzsche, Hum., p7).
"O valor emocional de uma doutrina, como um consolo na adversidade, parece depender de sua predição do futuro. O futuro, do ponto de vista emocional, é mais importante do que o passado, ou mesmo do que o presente" (B. Russell, R1957p 58).
No sentido filosófico, isto é, naquele que entende felicidade como bem estar, há três descrições para o fenômeno, as duas primeiras de ordem subjetiva (relacionam felicidade com estados subjetivos individuais): a) o Hedonismo, que identifica felicidade com experiências prazerosas; b) teorias fundadas no desejo, que relacionam felicidade com a satisfação dos desejos da pessoa. A terceira visão é objetiva, defende que certos fatores beneficiam o sujeito independentemente de suas atitudes ou sentimentos, pois há bens prudenciais objetivos. Aristóteles é o melhor representante dessa terceira teoria. Para ele a felicidade (a eudaimonia (v. Eudemonismo)) consiste numa vida de atividade virtuosa, na plena realização das capacidades humanas [1].