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Eremita


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kiema

IX (ou VIIII). O Eremita (ou Ermitão) O Arcano da Consciência, do Iniciado

Tarô mitológico: Cronos

Um homem, de pé, tem na mão esquerda um Bastão que lhe serve de apoio, enquanto que com a direita levanta uma lanterna até a altura do rosto. Está representado de três quartos, com o rosto voltado para a esquerda. Veste uma grande túnica e um manto Azul com o forro Amarelo. Seu capucho, caído sobre as costas, parece continuar a túnica e é arrematado por uma borla amarela.

A Lâmpada, aparentemente hexagonal, tem apenas três de seus lados visíveis, sendo o central vermelho e os restantes amarelos.



O fundo da gravura é incolor, e o chão de um amarelo estriado de listas negras, muito

Significados simbólicos

O Iniciado, o buscador incansável. Sabedoria, iluminação, estudo, autoconhecimento

Meditação, recolhimento, saber desligar-se. Reavaliação da vida e dos objetivos.

Concentração, silêncio. Profundidade.

Prudência. Reserva. Limites. Influência saturnina.

Interpretações usuais na cartomancia

Austeridade, moderação, sobriedade, discrição. Médico experiente, sábio que cala seus segredos. Celibato. Castidade.

Mental: Contribuição luminosa à resolução de qualquer problema. Esclarecimento que chegará de modo espontâneo.



Emocional: Alcançar as soluções. Coordenação, encontro de afinidades. Significa também prudência, não por temor, mas para melhor construir.

Físico: Segredo descoberto, luz que se fará sobre projetos até agora ocultos. Na saúde: conhecimento do estado real, consultas que podem remediar os problemas.

Sentido negativo: Obscuridade, concepção falsa de uma situação. Dificuldades para nadar contra a corrente. Timidez, isolamento, depressão, recusa de relações.

Mutismo, circunspecção exagerada, isolamento, caráter fechado. Avareza, pobreza. Conspirador tenebroso.

História e iconografia

O Ermitão é, sem dúvida, um dos arcanos menos alegóricos do Tarô. A imagem de um peregrino em hábito de monge, transportando um cajado, pode ser encontrado em dezenas de iluminuras em manuscritos dos séculos XV e XVI. O único detalhe que o afasta desta monotonia é a lâmpada que leva na mão direita: por ela imagina-se que seja uma ilustração da conhecida história de Diógenes em busca de um homem. Esse relato foi muito popular na alta Idade Média e no Renascimento e, de fato, vários modelos renascentistas do Tarô chamam o Arcano VIIII de Diógenes.



Alguns estudiosos acreditam que boa parte do simbolismo do Ermitão liga-se aos princípios fundamentais desse filósofo cínico: desprezo pelas convenções e vaidades, isolamento, renúncia à transmissão pública do conhecimento.

Mas este mutável personagem teve ainda outras representações: no tarocchino de Bolonha, aparece com muletas e asas; no de Carlos VI, tem uma ampulheta no lugar da lâmpada (o que o associa a Cronos ou Saturno, medidores do tempo).



Outra interpretação surge ainda do aparente erro ortográfico que se pode ver no Tarô de Marselha, onde a carta figura como L'Hermite em lugar de L'Ermite. Etimologicamente, o nome não derivaria então do grego eremites, eremos = deserto, mas provavelmente de Hermes e seu polivalente simbolismo. A esse respeito, podemos lembrar que é precisamente a Thot, equivalente egípcio de Hermes, que Gébelin e seus seguidores atribuem a invenção do Tarô.

Wirth explica os atributos do Eremita como termo final do terceiro ternário do Tarô, relacionando-o com os arcanos VII e VIII, que o precedem nesse ternário. Nessa relação, O Carro aparece como o homem jovem e impaciente para realizar a obra do progresso, que A Justiça se encarrega de retardar, amiga como é da ordem e pouco amante das improvisações; O Ermitão seria o conciliador deste antagonismo, evitando tanto a precipitação quanto a imobilidade.

Costuma-se interpretar também o seu significado como oposto e complementar ao do Arcano V (O Pontífice): o Eremita não é o codificador da liturgia, o responsável executivo de uma igreja, o pastor de um rebanho: seu pontificado é silencioso e sutil, seus discípulos são escolhidos. Na relação iniciática, é evidente que representa o “guru” e por isso foi definido como “o artesão secreto do futuro”.

No sentido negativo, o Arcano VIIII não é apenas a carta dos taciturnos; por sua minuciosidade e ritualismo, refere-se também aos temperamentos obsessivos.

chevalier & Gheerbrant



O Amoroso da sexta carta do Tarô, convertido em condutor triunfal do Carro, choca com a Justiça, que lhe recorda que a própria lei do mundo é o equilíbrio rigoroso, que não deve ser perturbado. Então, para resolver esta nova ambivalência, ele escolhe a via que o Eremita, nono arcano maior do Tarô, lhe propõe. Este Velho sábio - Velho Homem, um tanto curvado, apoia-se num bastão que simboliza ao mesmo tempo a sua longa peregrinação e a sua arma contra a injustiça ou o erro que encontra. Um longo manto azul, de forro amarelo, um capuz vermelho com um pompom amarelo na ponta, cobre a sua túnica vermelha que tem uma larga manga branca. Com a mão direita à altura do seu rosto, segura, pegando numa argola branca, uma lanterna de seis lados, dos quais apenas três são visíveis: dois amarelos e um vermelho. Esta lanterna, claro está, faz pensar na de Diógenes, a procurar em pleno meio-dia um homem nas ruas de Atenas e apenas encontrava doidos. Mas a lanterna simboliza também, como a lâmpada de Hermes Trismegisto, a luz velada da sabedoria, a luz que o Eremita cobre com o seu manto a zul de iniciado. A iluminação deve permanecer interior e é inútil cegar ou deslumbrar aquele a quem ela não é destinada. A vida do Sábio é a da prudência e o Eremita, mestre secreto, trabalha no invisível para condicionar o futuro em gestação. Desligado do mundo das paixões, ele é o filósofo hermético por excelência e a forma como o seu nome é escrito, em francês, com H, sublinha de forma indiscutível as suas ligações simbólicas com Hermes, senhor todo-poderoso dos puros iniciados.

pjm



O Eremita ou Ermitão, é o nono Arcano maior do Tarot. É uma carta que simboliza o isolamento, restrição, afastamento. O eremita isola-se para descobrir o conhecimento que o rodeia, na natureza, por exemplo, e também para se autoconhecer. O aspecto fundamental é que necessita de cortar os laços (temporariamente ou não) com a sociedade que o rodeia. A carta tem o número IX e a letra hebraica [Yod] (Iod).

Simbologia

Um homem, de pé, tem na mão esquerda um bastão que lhe serve de apoio, enquanto que com a direita levanta uma lanterna até a altura do rosto. Está representado de três quartos, com o rosto voltado para a esquerda. Veste uma grande túnica e um manto azul com o forro amarelo. Seu capucho, caído sobre as costas, parece continuar a túnica e é arrematado por uma borla amarela.

A lâmpada, aparentemente hexagonal, tem apenas três de seus lados visíveis, sendo o central vermelho e os restantes amarelos.

O fundo da gravura é incolor, e o chão de um amarelo estriado de listas negras, muito semelhante ao reverso do manto.

Palavras-chave

O Iniciado, o buscador incansável. Sabedoria, iluminação, estudo, autoconhecimento. Meditação, recolhimento, saber desligar-se. Reavaliação da vida e dos objetivos. Concentração, silêncio. Profundidade. Prudência. Reserva. Limites. Influência saturnina. Austeridade, moderação, sobriedade, discrição. Médico experiente, sábio que cala seus segredos. Celibato. Castidade.

Mental: Contribuição luminosa à resolução de qualquer problema. Esclarecimento que chegará de modo espontâneo.

Emocional: Alcançar as soluções. Coordenação, encontro de afinidades. Significa também prudência, não por temor, mas para melhor construir.

Físico: Segredo descoberto, luz que se fará sobre projetos até agora ocultos. Na saúde: conhecimento do estado real, consultas que podem remediar os problemas.

Sentido negativo: Obscuridade, concepção falsa de uma situação. Dificuldades para nadar contra a corrente. Timidez, isolamento, depressão, recusa de relações. Mutismo, circunspecção exagerada, isolamento, caráter fechado. Avareza, pobreza. Conspirador tenebroso.

História e iconografia

O Ermitão é, sem dúvida, um dos arcanos menos alegóricos do Tarot. A imagem de um peregrino em hábito de monge, transportando um cajado, pode ser encontrado em dezenas de iluminuras em manuscritos dos séculos XV e XVI. O único detalhe que o afasta desta monotonia é a lâmpada que leva na mão direita: por ela imagina-se que seja uma ilustração da conhecida história de Diógenes em busca de um homem. Esse relato foi muito popular na alta Idade Média e no Renascimento e, de fato, vários modelos renascentistas do Tarot chamam o Arcano VIIII de Diógenes.

Alguns estudiosos acreditam que boa parte do simbolismo do Ermitão liga-se aos princípios fundamentais desse filósofo cínico: desprezo pelas convenções e vaidades, isolamento, renúncia à transmissão pública do conhecimento.

Mas este mutável personagem teve ainda outras representações: no tarocchino de Bolonha, aparece com muletas e asas; no de Carlos VI, tem uma ampulheta no lugar da lâmpada (o que o associa a Cronos ou Saturno, medidores do tempo).

Outra interpretação surge ainda do aparente erro ortográfico que se pode ver no Tarô de Marselha, onde a carta figura como L'Hermite em lugar de L'Ermite. Etimologicamente, o nome não derivaria então do grego eremites, eremos = deserto, mas provavelmente de Hermes e seu polivalente simbolismo. A esse respeito, podemos lembrar que é precisamente a [Thot], equivalente egípcio de Hermes, que Gébelin e seus seguidores atribuem a invenção do Tarot.

Wirth explica os atributos do Eremita como termo final do terceiro ternário do Tarô, relacionando-o com os arcanos VII e VIII, que o precedem nesse ternário. Nessa relação, O Carro aparece como o homem jovem e impaciente para realizar a obra do progresso, que A Justiça se encarrega de retardar, amiga como é da ordem e pouco amante das improvisações; O Ermitão seria o conciliador deste antagonismo, evitando tanto a precipitação quanto a imobilidade.

Costuma-se interpretar também o seu significado como oposto e complementar ao do Arcano V (O Pontífice): o Eremita não é o codificador da liturgia, o responsável executivo de uma igreja, o pastor de um rebanho: seu pontificado é silencioso e sutil, seus discípulos são escolhidos. Na relação iniciática, é evidente que representa o “guru” e por isso foi definido como “o artesão secreto do futuro”.

No sentido negativo, o Arcano VIIII não é apenas a carta dos taciturnos; por sua minuciosidade e ritualismo, refere-se também aos temperamentos obsessivos.

Variações

Alguns tarots associam o eremita à letra Teth.

Alguns Tarots chamam este Arcano de ERMITÃO.

tcom



At one level the Hermit represents the loneliness of the spiritual quest. The figure is elderly, because youth - or, rather, the pursuits of youth - have been sacrificed. But age is also a symbol of wisdom, of the realization that comes from experience, suffering and self-denial. At another level, The Hermit symbolizes perseverance, and the fact that each person must find enlightenment, the real self, the inner truth, by his or her unaided efforts. In his right hand The Hermit holds a lantern, and the light inside can take the form of a star, a guide to help us through the darkness. In the left hand is the staff of the pilgrim, which is also the wand, the rod that drives out ignorance.

Divinatory meaning: discretion, silence, need for personal space or solitude, self-sufficiency in solving problems, self-reliance. Reversed: rejection of others or of advice, isolationism, obstinacy.
ENCYCLOPAEDIA V. 51-0 (11/04/2016, 10h24m.), com 2567 verbetes e 2173 imagens.
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