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Força


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kiema

XI. A Força O Arcano da Virtude e do predomínio da Qualidade

Uma mulher abre com as duas mãos as mandíbulas de um leão. É vista de três quartos e olha para a direita; o leão, por sua vez, está de perfil. A mão direita da mulher, está apoiada no focinho do leão, enquanto que a esquerda segura o maxilar inferior.

O personagem veste uma saia azul e uma capa ou manto vermelho, com laterais de tamanhos diferentes, já que a da direita chega ao chão enquanto que a da esquerda não passa da cintura.

Todas as partes visíveis de seu corpo estão representadas em cor carne; tem ainda um chapéu, cuja forma lembra o do Prestidigitador (O Mágico).

Do leão, vê-se apenas a cabeça, a juba e as patas dianteiras. O fundo e o chão são incolores. Em algumas versões, a sandália da mulher, que surge debaixo da roda da saia, parece apoiar-se no ar.

Significados simbólicos

Virtude. Coragem. Potência anímica. Integração harmoniosa das forças vitais.

Força moral, autodisciplina, controle

Interpretações usuais na cartomancia

Energia moral, calma, coragem. Espírito que domina a matéria. A inteligência que doma a brutalidade. Subjugação das paixões.

Lucro nos empreendimentos empresariais.

Mental: Esta carta traz uma grande agudeza para distinguir entre o verdadeiro e o falso, o útil e o inútil, e uma clareza precisa na avaliação.

Emocional: Domínio sobre as paixões, poder de conquista. Para uma mulher que está para se casar: conseguirá que sua personalidade não seja anulada pelo afeto que sente pelo marido. Proteção afetuosa.

Físico: Vontade para vencer os obstáculos, domínio da situação; faz valer seus legítimos direitos. Capacidade para tomar direção em todos os assuntos materiais.



Sentido negativo: A pessoa não é dona da sua força; é brutal, desatenta, deixa-se levar pelo poder em vez de utilizá-lo.Os fatos ou as pessoas o abatem; sua força será aniquilada, e será vítima de forças superiores. Impaciência.

Cólera, ardor incontido. Insensibilidade, crueldade.

Luta, guerra, conquista violenta. Operação cirúrgica. Veemência, discórdia. Incêndio.

História e iconografia

A Força, simbolizada pelo homem triunfante sobre os animais ou sobre a natureza, foi amplamente glorificada na literatura antiga e na arte medieval. No Antigo Testamento aparece a história de Sansão, e na mitologia greco-latina a saga dos trabalhos de Hércules. A batalha do herói com o leão de Neméia foi usada provavelmente como alegoria da força desde a antigüidade mais remota: nas escavações realizadas nos arredores de Tróia, encontrou-se um capacete do século VII a.C. com o desenho de um homem que abre com as mãos as mandíbulas de um leão. A Idade Média recorre com freqüência a esta imagem, como símbolo da força moral e espiritual, usando como protagonista Sansão ou então o Rei Davi.

No Tarô, porém, é uma mulher que representa a Força, na mais difundida alegoria do leão (versão de Marselha), incluindo as colunas (Tarô de Carlos VI). O antecedente mais ilustre

desta transposição alegórica é a lenda de Cirene, a ninfa caçadora que envergonhou e seduziu o instável Apolo.




Píndaro conta de uma excursão do deus até o monte Pelion, na Tessália, para a qual ele teria partido excepcionalmente bem armado, a fim de se prevenir dos perigos que poderiam lhe acontecer em tão longa travessia; ali encontrou Cirene, que “sozinha e sem uma lança combatia um imenso leão..."

Embora o Arcano XI seja uma ilustração perfeita desta lenda, não se encontra um só exemplo que a reproduza nos manuscritos medievais. Iconograficamente, a carta da Força seria assim uma das contribuições mais originais do Tarô.

Uma instrução curiosa, escrita na margem de uma página de La Somme du Roi, manuscrito do ano de 1295, orienta o pintor que iria ilustrar os textos. Embaixo do número 12, pode-se ler: “Aqui vai uma dama de pé que domina um leão. O nome da dama é Força”. Mas a miniatura nunca foi executada.

A dama serena e triunfante do Arcano XI encerra a primeira metade do Tarô; representa, assim, a culminação da via seca e racional inaugurada pelo Prestidigitador.

Iconograficamente, liga-se a ele pela expressão corporal – de pé, em atitude de ação repousada e, fundamentalmente, pelo chapéu que segue no seu desenho o signo do infinito.

A dama serena e triunfante do Arcano XI encerra a primeira metade do Tarô; representa, assim, a culminação da via seca e racional inaugurada pelo Prestidigitador. Iconograficamente, liga-se a ele pela expressão corporal – de pé, em atitude de ação repousada e, fundamentalmente, pelo chapéu que segue no seu desenho o signo do infinito.

Um exercício curioso de “adição e redução mística” permite relacionar as quatro figuras femininas da primeira parte do Tarô. Com efeito: 3 (Imperatriz) + 8 (Justiça) = 11 (Força), que se reduz a: 11 = 1 + 1 = 2 (Sacerdotisa). Partindo da via seca (masculina) dos arcanos, este esquema feminino (úmido e intuitivo) se presta a múltiplas especulações combinatórias.

Alguns estudiosos vêem na Força uma clara alusão zodiacal: Leão vencido por Virgem, ou, o que dá no mesmo, o calor ardente, que corresponde à plenitude do verão, domado pela antecipação serena do outono (no hemisfério norte).

Neste sentido é preciso interpretar a parábola esotérica do Arcano XI: o personagem não mata o leão, mas o doma; a sabedoria consiste em não desprezar o inferior, em não aniquilar o que é bestial, mas sim em utilizá-lo. Não é outro o resultado natural que se depreende da Grande Obra alquímica

chevalier & Gheerbrant



A décima primeira carta do Tarô, escreve Van Rijnberk, simboliza a Força deVontade dirigida para a realização de valores morais. A vontade pode aperfeioar-se em diferentes direcções. No Saltimbanco a força concentra-se para obter o equilíbrio interior; no Vencedor que conduz o Carro, a força irradia, domina, projecta-se no astral; no Eremita, ela aspira a arrebatamentos místicos… Na décima primeira carta, a força é aplicada à purificação moral, base e apoio de todo o arrebatamento místico, oculto e mágico. A Força do Tarô é o símbolo da Pureza moral, da Inocência perfeita: , que encontra precisamente nesse estado as energias para o combate.

Para resolver as ambivalências da Roda da Fortuna e mostrar-nos que podemos dominar todas as situações, é uma jovem loira que nos dá o exemplo: tendo na cabeça um chapéu em forma de 8 deitado azul e branco, bordado de amarelo, e que faz lembrar o do Saltimbanco, mantém abertas, com as duas mãos cor de carne, as fauces de um leão amarelo visto de perfil. Sobre o seu vestido azul, enterlaçado e com mangas amarelas, cai a aba comprida de um manto vermelho. Inverte, assim, as cores da Justiça, com a qual se parece, e repete as do Imperador e do Papa: o vermelho da acção e do poder recobrindo a luz interior do azul. Porém a Força de que se trata aqui nada tem de físico; a jovem segura as fauces abertas do leão usando apenas as pontas dos dedos; ela não evoca Sansão, nem David, nem Hércules; é o exercício de um poder feminino, muito mais irresistível na sua suavidade e subtileza do que todas as explosões de cólera e força bruta. Matar o leão não serviria para nada; o que é preciso é utilizar a sua força e energia, pois o iniciado não despreza nada do que é inferior; ele encara como sagrados até os instintos menos nobres, pois eles são o etimulante necessário de toda a acção… O que é vil não deve ser destruído, mas sim enobrecido por transmutação, tal como o chumbo que é preciso saber elevar à dignidade de ouro. Este simbolismo é claro no plano psicológico, no qual a nossa vontade deve domar e utilizar as forças do inconsciente para realizar o melhor de nós mesmos.

A Força, ou o Leão domado por uma Virgem, representa a força moral, a bravura que domina a adversidade, a liberdade de acção, a confiança em si mesmo (Th. Tereschenko); a submissão das paixões, o êxito (O. WIRTH).

A oposição entre o leão, imagem da força bruta, e a virgem, imgem da força espiritual, transforma-se numa vitória do espírito sobre a matéria e significa, não a destruição, mas sim a sublimação dos instintos.

E se nos lembrarmos que o número onze é fundamental em iniciação, ao mesmo tempo porque é formado a partir do 3 e do 8 (que correspondem á Imperatriz e à Justiça) e porque, em redução teosófica, iguala o 2, não nos surpreenderemos por encontrar a Papisa (2) sob a Força. Por isso, sabendo que, para obter a origem e a derivacão de uma carta, é preciso ter em conta a terceira anterior e a terceira posterior, nós encontramos a Força provindo da Justiça (carta 8) e conduzindo á Temperança (14); o que sublinha a ligação destas três virtudes cardeais. Porém, em todo o Tarô, a Força é a única carta que não tem uma complementar: nenhum número de qualquer outra, acrescentado ao seu dá 22. Não será isto proventura um sinal de que, na batalha a travar connosco próprios nós estamos sempre sós, e devemos redobrar as energias para podermos prosseguir caminho?

pjm



A Força é o oitavo Arcano Maior do baralho do Tarot. Esta carta tem em primeiro plano uma mulher e um leão. Ela é jovem, tem os cabelos soltos e parece uma Maga de Luz. Domina o leão. A carta tem o número VIII e a letra hebraica Teth.

Simbologia

Uma mulher abre com as duas mãos as mandíbulas de um leão. É vista de três quartos e olha para a direita; o leão, por sua vez, está de perfil. A mão direita da mulher, está apoiada no focinho do leão, enquanto que a esquerda segura o maxilar inferior.

O personagem veste uma saia azul e uma capa ou manto vermelho, com laterais de tamanhos diferentes, já que a da direita chega ao chão enquanto que a da esquerda não passa da cintura.

Todas as partes visíveis de seu corpo estão representadas em cor carne; tem ainda um chapéu, cuja forma lembra o do Prestidigitador (O Mágico).

Do leão, vê-se apenas a cabeça, a juba e as patas dianteiras. O fundo e o chão são incolores. Em algumas versões, a sandália da mulher, que surge debaixo da roda da saia, parece apoiar-se no ar.

Palavras-chave

Virtude. Coragem. Potência anímica. Integração harmoniosa das forças vitais. Força moral, autodisciplina, controle. Energia moral, calma, coragem. Espírito que domina a matéria. A inteligência que doma a brutalidade. Subjugação das paixões. Lucro nos empreendimentos empresariais.

Mental: Esta carta traz uma grande agudeza para distinguir entre o verdadeiro e o falso, o útil e o inútil, e uma clareza precisa na avaliação.

Emocional: Domínio sobre as paixões, poder de conquista. Para uma mulher que está para se casar: conseguirá que sua personalidade não seja anulada pelo afeto que sente pelo marido. Proteção afetuosa.

Físico: Vontade para vencer os obstáculos, domínio da situação; faz valer seus legítimos direitos. Capacidade para tomar direção em todos os assuntos materiais.

Sentido negativo: A pessoa não é dona da sua força; é brutal, desatenta, deixa-se levar pelo poder em vez de utilizá-lo.Os fatos ou as pessoas o abatem; sua força será aniquilada, e será vítima de forças superiores. Impaciência. Cólera, ardor incontido. Insensibilidade, crueldade. Luta, guerra, conquista violenta. Operação cirúrgica. Veemência, discórdia. Incêndio.

História e iconografia



A Força, simbolizada pelo homem triunfante sobre os animais ou sobre a natureza, foi amplamente glorificada na literatura antiga e na arte medieval. No Antigo Testamento aparece a história de Sansão, e na mitologia greco-latina a saga dos trabalhos de Hércules. A batalha do herói com o leão de Neméia foi usada provavelmente como alegoria da força desde a antigüidade mais remota: nas escavações realizadas nos arredores de Tróia, encontrou-se um capacete do século VII a.C. com o desenho de um homem que abre com as mãos as mandíbulas de um leão. A Idade Média recorre com freqüência a esta imagem, como símbolo da força moral e espiritual, usando como protagonista Sansão ou então o Rei Davi.

No Tarot, porém, é uma mulher que representa a Força, na mais difundida alegoria do leão (versão de Marselha), incluindo as colunas (Tarô de Carlos VI). O antecedente mais ilustre desta transposição alegórica é a lenda de Cirene, a ninfa caçadora que envergonhou e seduziu o instável Apolo.

Píndaro conta de uma excursão do deus até o monte Pelion, na Tessália, para a qual ele teria partido excepcionalmente bem armado, a fim de se prevenir dos perigos que poderiam lhe acontecer em tão longa travessia; ali encontrou Cirene, que “sozinha e sem uma lança combatia um imenso leão..."

Embora o Arcano VIII seja uma ilustração perfeita desta lenda, não se encontra um só exemplo que a reproduza nos manuscritos medievais. Iconograficamente, a carta da Força seria assim uma das contribuições mais originais do Tarot.

Uma instrução curiosa, escrita na margem de uma página de La Somme du Roi, manuscrito do ano de 1295, orienta o pintor que iria ilustrar os textos. Embaixo do número 12, pode-se ler: “Aqui vai uma dama de pé que domina um leão. O nome da dama é Força”. Mas a miniatura nunca foi executada.

Iconograficamente, liga-se a ele pela expressão corporal – de pé, em atitude de ação repousada e, fundamentalmente, pelo chapéu que segue no seu desenho o signo do infinito.

Alguns estudiosos vêem na Força uma clara alusão zodiacal: Leão vencido por Virgem, ou, o que dá no mesmo, o calor ardente, que corresponde à plenitude do verão, domado pela antecipação serena do outono (no hemisfério norte).

Neste sentido é preciso interpretar a parábola esotérica do Arcano VIII: o personagem não mata o leão, mas o doma; a sabedoria consiste em não desprezar o inferior, em não aniquilar o que é bestial, mas sim em utilizá-lo. Não é outro o resultado natural que se depreende da Grande Obra alquímica.

Variações

Alguns tarots associam a Força ao Arcano XI. Este erro aparece pela primeira vez no Arcano de Marselha, mas tem sido repetido exaustivamente por adeptos da chamada "Escola francesa" do Tarot.

Aleister Crowley nomeou este Arcano de LUXÚRIA.

tcom

In some packs Strength is shown as male rather than female, but the struggle with the open-mouthed lion is almost invariable. The message of the card is that although strength may be symbolized by the raw energy of the lion, there is a higher strength which manifests itself through means other than the physical. The higher strength is spiritual strength, the awareness of the immortal, indestructible power inside us which transcends materialism and is not affected by its disintegration. In the Waite pack the woman wears garlands of flowers, echoing the symbolism of The Magician, and reminding us of the blossoming of the creative mind; and the symbol of life hovers over her head, as over the Magician's. In other packs both figures wear a hat in the shape of a "lazy eight", a symbol of infinity and boundless understanding.

Divinatory meaning: well-won triumph over others or over self, reconciliation, grasped opportunity. Reversed: defeat, surrender to baser instincts or to others, missed opportunity.
ENCYCLOPAEDIA V. 51-0 (11/04/2016, 10h24m.), com 2567 verbetes e 2173 imagens.
INI | ROL | IGC | DSÍ | FDL | NAR | RAO | IRE | GLO | MIT | MET | PHI | PSI | ART | HIS | ???