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Ishtar


vb. criado em 21/04/2013 02:42



index do verbete

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f.: aqui



ASHTAROTH, or Astarte, a goddess of the Zidonians. The word Ashtaroth properly signifies flocks of sheep, or goats; and sometimes the grove, or woods, because she was goddess of woods, and groves were her temples. In groves consecrated to her, such lasciviousness was committed as rendered her worship infamous. She was also called the queen of heaven...

It is believed that the moon was adored in this idol. Her temples generally accompanied those of the sun; and while bloody sacrifices or human victims were offered to Baal, bread, liquors, and perfumes were presented to Astarte. For her, tables were prepared upon the flat terrace-roofs of houses, near gates, in porches, and at crossways, on the first day of every month; and this was called by the Greeks, Hecate's supper. Solomon, seduced by his foreign wives, introduced the worship of Ashtaroth into Israel; but Jezebel, daughter of the king of Tyre, and wife to Ahab, principally established her worship. She caused altars to be erected to this idol in every part of Israel; and at one time four hundred priests attended the worship of Ashtaroth, I Kings xviii. 7.

C010i

“E eu vi uma mulher sentada sobre uma besta escarlate... Babilônia, a grande, mãe das prostitutas...”. Trata-se de uma passagem do Apocalipse (17:3-5) (...). A alusão é à “Besta do Apocalipse”, com “7 cabeças e 10 chifres”. A referência à Babilônia é também a deusas lunares e da fertilidade, como Ishtar, Astarte, Inana, Ísis, (Spalding, 1995, p. 95-105), sendo uma referência à Prostituta sagrada, posteriormente estigmatizada por outros tipos de moralidade, como as que foram herdadas pelo Ocidente em textos bíblicos. A esse respeito, o pesquisador da Universidade do Porto, em Portugal, Rodrigo Alves Moreira, enuncia o que se segue:

A Grande Deusa, inicialmente conhecida como Inana, mais tarde como Ishtar, dominava todo o berço da civilização no antigo Médio Oriente (...) até cerca de 3.000 a.C (...) a Prostituição sagrada era um ponto fulcral do ritual sagrado. A própria deusa Ishtar era identificada como prostituta, e estando os templos (que ainda eram centros do poder religioso, político e económico na [Mesopotâmia]) cheios de sacerdotisas-prostitutas, o estatuto das prostitutas era elevado. (...) Temos, pois, que ao longo da história da Mesopotâmia e do antigo [Egito], o Sexo ainda era visto em grande parte como sagrado (...) Para derrubar o poder das prostitutas era necessário inventar um sistema de moral que reprimisse o sexo e que fosse suficientemente negativo para transformar as mulheres sagradas em párias sociais. Assim abre-se caminho aos profetas do Velho Testamento que no entanto encontravam dificuldade em passar a mensagem, devido à falta de controle sexual da vida do seu povo. Das cinzas da piedosa deusa-prostituta, os sacerdotes acabaram por criar uma pecadora e tentadora Eva, cuja curiosidade carnal levou à perdição de toda a Humanidade. (MOREIRA, 2009, p. 12-13, apud C010i)
ENCYCLOPAEDIA V. 51-0 (11/04/2016, 10h24m.), com 2567 verbetes e 2173 imagens.
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