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Imperatriz


index do verbete

dicta

Ishtar, Astarte, lucidez com frieza, dureza. Não cria o mundo, testa-lhe o poder. deusa babilônica da fertilidade e dos combates, dúplice, Virgem guerreira e Prostituta sagrada /Prostituição sagrada/ e fecunda. Fina Barba, Águia, Lírio e Lótus, senhora da Pedra Verde. amante e [Viúva] do filho /[Incesto]/. Desceu ao Inferno das seis portas para obter, matando sua irmã /[Fratricídio]/ [Alata], o resgate do filho-amante. Inferto de Seis portas, a cada porta perdia uma parte das Vestes /Roupas/ e adornos até se apresentar nua /[Nudez]/ (só com sua força interior) ao combate. Descida aos infernos /Katabasis/, Viagem em si mesmo, descoberta de todas as possibilidades. Estrela de Vênus em 13 de [Agosto]. Afrodite/Vênus. Culto: prostituição sagrada (porque Ishtar deu-se ao viajante). [Salambô].

kiema

III. A Imperatriz O Arcano da Magia Sagrada, da Força Mediadora, da Mãe

Tarô mitológico: Deméter

Uma mulher coroada, sentada num trono, mantém contra si, com sua mão direita, um escudo ornado com uma águia amarela, enquanto que com a esquerda sustenta um cetro que termina por um globo encimado pela cruz.

Está representada de frente, com os joelhos separados e com os pés ocultos nas dobras da túnica. A cintura da Imperatriz está marcada por um cinto, que se une a uma gola dourada. A coroa leva florões amarelos e permite que os cabelos da figura se derramem sobre os ombros.

O trono está bem visível e seu espaldar sobressai à altura da cabeça da Imperatriz. No ângulo inferior esquerdo da estampa cresce uma planta. A águia desenhada no escudo olha para a direita.

Significados simbólicos



O verbo, o ternário, a plenitude, a natureza, a fecundidade, a geração nos três mundos.

Sabedoria. Discernimento. Idealismo. Influência solar intelectual. É o arcano da Magia Sagrada, instrumento do poder divino.

Interpretações usuais na cartomancia

Gravidez, criatividade, sucesso. Compreensão, inteligência, instrução, encanto, amabilidade. Elegância, distinção, cortesia. Domínio do espírito, abundância, riqueza.

Mental: Penetração na matéria por meio do conhecimento das coisas práticas. Os problemas vêem à tona e podem ser reconhecidos.

Emocional: Capacidade para penetrar na alma dos seres. Pensamento fecundo e criador.

Físico: Esperança, equilíbrio. Soluciona os problemas. Renova e melhora as situações. Poder continuo e irresistível nas ações.

Sentido negativo: Desavenças, discussões em todos os planos. As coisas se embaralham e ficam confusas. Atraso na realização de um acontecimento que, no entanto, ocorrerá.

Afetação, pose, coqueteria. Vaidade, presunção, desdém. Futilidade, luxo, prodigalidade. Deixa-se levar pelas adulações, falta de refinamento, modos de novo-rico.

História e iconografia

A Imperatriz, adornada dos símbolos atribuídos à feminilidade triunfante, pode ser relacionada a um repertório interminável: a Madona cristã, a esposa do rei ou mãe do herói; a deusa primordial de todos os ritos matriarcais, as quatro damas do baralho.

Sobre a figura da Imperatriz parece ser mais importante considerar a sua localização no Tarô (como a terceira da série) e à sua relação com outras figuras do que o seu simbolismo individual, já que o caráter difuso da carta torna sua amplitude inesgotável. Assim, será interessante recapitular tudo que foi escrito sobre o simbolismo do três e a ordem do ternário, bem como às variadas significações atribuídas às damas dos Arcanos Menores.

Na versão de Wirth, a Imperatriz aparece aureolada por doze estrelas, das quais somente nove são visíveis: é evidente o duplo sentido alegórico desta representação, que se refere simultaneamente aos signos do Zodíaco e ao período da gestação. Como o 9 é também representação da inteligência, no momento da sua maturidade, é possível associar os atributos centrais do Arcano III: feminilidade-experiência-sabedoria.



Relacionada em todas as cosmogonias ao simbolismo lunar e à face oculta do conhecimento (Sacerdotisa), a mulher admite também um período solar (Imperatriz), do qual há correspondências nas organizações culturais mais remotas da humanidade.

Do ponto de vista matriarcal, a Imperatriz não é ainda a Eva protagonista do pecado e da queda, mas a que aparece em certas tradições talmúdicas: a fundadora, que reencontra Adão depois de trezentos anos de separação; a que aniquila Lilit – a rival estéril e luxuriosa – para organizar junto ao primeiro pai a família dos homens.

Alguns comentaristas do Islã vêem nesta Eva triunfante do adultério a representação da passagem das sociedades anárquicas ao princípio de ordem dos tempos históricos. Seu túmulo mítico se localiza em Djeda ou Djidda, às margens do mar Vermelho e próximo da montanha sagrada de Arafat, onde o teria ocorrido seu reencontro com Adão, para formar o casal primordial.

A Imperatriz, finalmente, é símbolo da palavra e representa o envoltório material do corpo, seus órgãos e suas funções. Ouspensky a imagina repousando sobre um trono de luz, bela e fecunda, em meio à interminável primavera.

chevalier & Gheerbrant



Depois do Saltimbanco, que manifesta a diversidade do mundo na sua unidade, e a Papisa, que nos convida a desvendar os segredos, a Imperatriz, terceira carta do Tarô, simboliza a inteligência soberana que o poder dá, a força motriz pela qual vive tudo aquilo que vive, a Vênus uraniana dos Gregos.

Sentada num trono cor de carne, de cara virada para nós e de cabelos brancos, veste uma túnica azul sobre um vestido vermelho, como se tivesse necessidade de se envolver de azul para melhor captar as forças ocultas e como se toda a sua actividade passional e ardente, que se encontra no vermelho do fundo da sua coroa, tivesse de ser sublimado. Com a mão direita aperta contra ela um escudo cor de carne sobre o qual se destaca uma águia amarela como o seu cinto, o seu colar, o seu diadema de pontas, que faz lembrar o Zodíaco, e o seu ceptro. Esta cor amarela simboliza as forças espirituais que ordenam o mundo sobre o qual ela reina. O ceptro é ancimado pelo globo e pela cruz, signo alquímico do antimónio, que significa a alma intelectual, a influência ascensional ou espiritualizante, o espírito separando-se da matéria, a evolução, a redenção.

A imperatriz já foi comparada a Ísis ou á Mãe Cósmica. Ela representa a fecundidade universal (ENEL); a acção sentimental evidente ou oculta (J.R. Bost); a compreensão e a falta de refinamento (O. Wirth).

Assim, todos os aspectos da Imperatriz sublinham a sua força resplandescente. Mas é uma figura ambígua, cujo poder pode tanto perverter-se em sedução vaidosa como elevar-se ao mais alto da mais sublime idealização. Simboliza todas as riquezas da feminilidade – ideal, doçura, persuasão –, mas também toda a labilidade. Os seus meios de acção não se dirigem directamente ao espírito, mas sim á afectividade: têm mais de encanto do que razão. A propósito dela, poder-se-ia recordar a frase a frase de Ernest Hello: É preciso olhar sempre para a cabeça para estarmos seguros de não acertarmos mais a baixo do coração.

pjm


A Imperatriz é o terceiro Arcano Maior. Representa uma mulher na casa dos 30 anos, bonita, elegante e sedutora. Nos baralhos mais importantes, a Imperatriz aparece grávida. Esta carta tem o número III e a letra hebraica Daleth.

Simbologia

Uma mulher coroada, sentada num trono, mantém contra si, com sua mão direita, um escudo ornado com uma águia amarela, enquanto que com a esquerda sustenta um cetro que termina por um globo encimado pela cruz.

Está representada de frente, com os joelhos separados e com os pés ocultos nas dobras da túnica. A cintura da Imperatriz está marcada por um cinto, que se une a uma gola dourada. A coroa leva florões amarelos e permite que os cabelos da figura se derramem sobre os ombros.

O trono está bem visível e seu espaldar sobressai à altura da cabeça da Imperatriz. No ângulo inferior esquerdo da estampa cresce uma planta. A águia desenhada no escudo olha para a direita.

Palavras-chave

O verbo, o ternário, a plenitude, a natureza, a fecundidade, a geração nos três mundos.

Sabedoria. Discernimento. Idealismo. Influência solar intelectual. É o arcano da Magia Sagrada, instrumento do poder divino. Gravidez, criatividade, sucesso. Compreensão, inteligência, instrução, encanto, amabilidade. Elegância, distinção, cortesia. Domínio do espírito, abundância, riqueza.

Mental: Penetração na matéria por meio do conhecimento das coisas práticas. Os problemas vêem à tona e podem ser reconhecidos.

Emocional: Capacidade para penetrar na alma dos seres. Pensamento fecundo e criador.

Físico: Esperança, equilíbrio. Soluciona os problemas. Renova e melhora as situações. Poder continuo e irresistível nas ações.

Sentido negativo: Desavenças, discussões em todos os planos. As coisas se embaralham e ficam confusas. Atraso na realização de um acontecimento que, no entanto, ocorrerá. Afetação, pose, coqueteria. Vaidade, presunção, desdém. Futilidade, luxo, prodigalidade. Deixa-se levar pelas adulações, falta de refinamento, modos de novo-rico.

História e iconografia

A Imperatriz, adornada dos símbolos atribuídos à feminilidade triunfante, pode ser relacionada a um repertório interminável: a Madona cristã, a esposa do rei ou mãe do herói; a deusa primordial de todos os ritos matriarcais, as quatro damas do baralho.

Sobre a figura da Imperatriz parece ser mais importante considerar a sua localização no Tarô (como a terceira da série) e à sua relação com outras figuras do que o seu simbolismo individual, já que o caráter difuso da carta torna sua amplitude inesgotável. Assim, será interessante recapitular tudo que foi escrito sobre o simbolismo do três e a ordem do ternário, bem como às variadas significações atribuídas às damas dos Arcanos Menores.

Na versão de Wirth, a Imperatriz aparece aureolada por doze estrelas, das quais somente nove são visíveis: é evidente o duplo sentido alegórico desta representação, que se refere simultaneamente aos signos do Zodíaco e ao período da gestação. Como o 9 é também representação da inteligência, no momento da sua maturidade, é possível associar os atributos centrais do Arcano III: feminilidade-experiência-sabedoria.

Relacionada em todas as cosmogonias ao simbolismo lunar e à face oculta do conhecimento (Sacerdotisa), a mulher admite também um período solar (Imperatriz), do qual há correspondências nas organizações culturais mais remotas da humanidade.

Do ponto de vista matriarcal, a Imperatriz não é ainda a Eva protagonista do pecado e da queda, mas a que aparece em certas tradições talmúdicas: a fundadora, que reencontra Adão depois de trezentos anos de separação; a que aniquila Lilit – a rival estéril e luxuriosa – para organizar junto ao primeiro pai a família dos homens.

Alguns comentaristas do Islã vêem nesta Eva triunfante do adultério a representação da passagem das sociedades anárquicas ao princípio de ordem dos tempos históricos. Seu túmulo mítico se localiza em Djeda ou Djidda, às margens do mar Vermelho e próximo da montanha sagrada de Arafat, onde o teria ocorrido seu reencontro com Adão, para formar o casal primordial.

A Imperatriz, finalmente, é símbolo da palavra e representa o envoltório material do corpo, seus órgãos e suas funções. Ouspensky a imagina repousando sobre um trono de luz, bela e fecunda, em meio à interminável primavera.

Variações

Alguns tarots associam erroneamente a Imperatriz à letra Gimmel.

Muitas descrições esquisotéricas trazem referências errôneas da Sacerdotisa com qualidades que pertencem ao Imperador.

tcom

The High Priestess shows one aspect of female power. Another is shown by The Empress, the bringer of maternal fertility, the earth-mother presiding over the creation and destiny of sons and daughters. On her head is a diadem representing the gifts we receive at birth, and on her shield is an eagle, a symbol of heaven and the sun, and a host of positive attributes including courage and clear vision. The Empress is not mysterious but open, and addresses those who seek the truth. She represents the conscious mind and unites matter and spirit. Her sceptre shows that she rules heaven, earth and the world in between, but it is merely a symbol: only through actual union with the male can the secret of The Empress's power be revealed in its completeness, at both the mystical and the earth-mother level.

Divinatory meaning: fertility, abundance, growth, strength from nature and the natural world, comfort and security. Reversed: impoverishment, stagnation, domestic upheaval.

moore, promethea

Todo o verde, toda a natureza, é a Imperatriz, a fertilidade infinita.
ENCYCLOPAEDIA V. 51-0 (11/04/2016, 10h24m.), com 2567 verbetes e 2173 imagens.
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