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Mundo


index do verbete

kiema

XXI. O Mundo O Arcano da Alegria e da Celebração da Vida

Compilação de Constantino Riemma

Dentro de uma grinalda amendoada dança um personagem nu, coberto só parcialmente por um véu que desce do seu ombro esquerdo; na mão do mesmo lado traz uma vareta. Nos cantos da carta, quatro figuras evocam a representação simbólica tradicional dos Evangelistas: Anjo, Águia, Leão, animal e Touro (embora este último pareça mais um Cavalo).

A grinalda está formada de folhas simples e oblongas (no Tarô de Marselha da editora Grimaud, as folhas do terço superior são amarelas, as do meio vermelhas e as da parte inferior azuis); está amarrada, em cima e embaixo, por laços vermelhos em forma de xis.

Dentro do espaço ovulado que a grinalda limita – com o pé direito pousado sobre um suporte vermelho (ou amarelo) e a perna esquerda dobrada por trás do joelho direito – está o personagem que parece dançar. Sua cara poderia ser masculina, mas tem seios de mulher; o véu curto que o cobre tapa justamente o seu sexo. Em uma mão leva a vara, na outra um objeto indeterminado.

No ângulo superior direito da carta há uma águia, a cabeça aureolada por um círculo vermelho, olhando para a esquerda; no ângulo oposto, um anjo olha para baixo.

Nos ângulos inferiores se vê, à direita, um leão amarelo com auréola rosada, representado de frente; à esquerda, uma espécie de cavalo, o único dos quatro sem auréola. Este último animal, que é visto de três quartos, olha para a frente e para a esquerda. Tanto o leão como o cavalo parecem dotados de asas de composição semelhante às folhas da grinalda.

Significados simbólicos

Finalização, realização. Recompensa. Apoteose. Encontrar o próprio lugar no mundo. Centralizar-se. Alegria de viver. O sensível, a carne, a vida transitória. Interpretações usuais na cartomancia

Sorte grande, êxito completo. Coroamento da obra, finalização de um processo. Força decisiva. Circunstâncias muito favoráveis, meio propício. Integridade absoluta. Contemplação envolvida. Êxtase. Alegria, reconhecimento, riqueza.

Representa o elemento feminino. É uma carta muito individual.

Mental: Grande poder da mente. Tendência para a perfeição. Magistério mental e psíquico.

Emocional: Significa elevação do espírito, sentimentos amorosos no sentido altruísta, sem egoísmo nem sensualidade. Amor à humanidade, tarefas sociais a cumprir. Sentimentos guiados pelo desejo de aperfeiçoar tudo que se faz. Para os artistas: inspiração abundante.

Físico: Experiência rica. Atividades sólidas e brilhantes. Êxito em níveis não transcendentes (mundanos, transitórios). Boa saúde.

Sentido negativo: Fracasso. Processo que afeta os sentimentos. Sacrifício por amor. Obstáculo formidável. Ambiente hostil, todos estão contra. Disposições mundanas. Dispersão, distração. Incapacidade para se concentrar. Grande revés da sorte, ruína. Desconsideração social.

História e iconografia

São Jerônimo, no século IV, parece ter sido o primeiro a associar os quatro evangelistas aos animais da visão de Ezequiel. Mil anos depois é freqüente encontrá-los em relevos e mosaicos, e aparecem com grande freqüência nas miniaturas dos manuscritos posteriores a esta data.

Em outras tradições são equivalentes a diversas alegorias derivadas do quaternário, entre as quais sobressai a que representa a rosa-dos-ventos.

Quanto à Grinalda, seu processo iconográfico pode ser seguido com clareza. Na arte da Índia – de onde passou às culturas mediterrâneas – numerosas divindades eram tradicionalmente marcadas por essa orla oval, que se refere ao povo do mundo.

Mitra, o Sol radiante, foi representado durante a época helenística como um homem jovem e nu, dentro de uma grinalda na qual figuravam os signos do Zodíaco. Num baixo-relevo encontrado em Módena, vê-se Cronos numa composição próxima à do arcano XXI, incluindo ainda as figuras dos cantos.

Este grafismo parece ter dado origem à difundida auréola que, a princípio, era amendoada (Mandorla); só bem mais tarde adotou a forma redonda das estampas modernas.
m.c.: v. L996g Lawlor, Geometria Sagrada

Tanto nos pórticos das catedrais góticas, quanto nos murais de estilo bizantino das antigas igrejas e nas iluminuras dos manuscritos religiosos, é a figura do Cristo que ocupa o centro da mandorla, também denominada "Vesica pisces". A mandorla preenchida por Nossa Senhora, figura feminina, torna-se mais comum após o Renascimento. Milhares de santos foram figurados na Idade Média dotados de auréola, embora não seja arriscado supor que isto foi uma derivação estética proveniente das mais antigas imagens da Virgem Maria que tinham este atributo.

Van Rijneberk assegura que por trás do simbolismo de sacralização (Auréola = aura de santidade) pode-se ler o significado que a associa à virgindade, já que desde tempo remoto esta era representada pela amêndoa, cujo fruto acreditava-se havia nascido por geração espontânea.

Van Rijneberk acrescenta que, neste caso, a figura vertical e a forma oval que a circunda “parecem representar, de maneira mais ou menos velada, uma Vagina simbólica”. Sob este aspecto, o arcano XXI representaria o amor. Neste caso, cabe estabelecer uma analogia entre a protagonista de O Mundo e o "Nascimento de Afrodite", divindade com a qual tem numerosos pontos em comum.

Se as séries do Tarô e os seus sistemas de relações se organizam, como se viu, pela dupla variável de ternários e de setenários, é evidente a importância do simbolismo de O Mundo (21 = 7 ternários = 3 setenários = 7 x 3 = 3 x 7).

É a partir desse significado numerológico que muitos definem o principal sentido do arcano O Mundo como sendo “a totalidade ou o conjunto do manifestado”, o que é referendado pela alegoria quaternária, ordem sempre associada aos modelos de organização.

Neste sentido, o arcano XXI seria também o Destino Maior (que universaliza o tema do Destino Menor ou cotidiano, representada pelo arcano X, a Roda da Fortuna), o rigoroso mecanismo que rege a pontualidade da rotação da Terra, das estações, das crescentes e minguantes, do dia e da noite.

Ouspensky entende que esta carta apresenta o resumo do cotidiano – que se oferece continuamente aos sentidos sem ser inteligível na sua totalidade, mas apenas fragmentariamente, já que “tudo o que se vê, as coisas os fenômenos, não são senão hieróglifos de idéias superiores”.

chevalier & Gheerbrant



O Mundo do Tarô, ou Coroa dos Magos, exprime a recompensa, o coroamento da obra, a conclusão dos esforços, a elevação, o êxito, a iluminação, o reconhecimento público e os acontecimentos benéficos imprevistos. Gérard van Rijnberk identifica o Mundo com a Roda da Fortuna (10.º arcano), pois nalguns jogos a mulher encontra-se, não numa grinalda, mas de pé sobre um globo, e a teoria das relações entre o Tarô e as casas do horóscopo encontra nessa aproximação um argumento novo.

Última carta do Tarô, o Mundo, vigésimo primeiro arcano maior, simboliza o desabrochar da evolução, pois a construção do Tarô por ternários e setenários dá ao mesmo número 21 um valor de síntese suprema: corresponde ao conjunto do que é manifestado, portanto, ao Mundo, resultado da ação criadora permanente.

Uma jovem nua, cor de carne, um véu deitado sobre o ombro esquerdo, descendo até ao sexo, que oculta, uma varinha em cada mão (o Saltimbanco tinha na mão esquerda, para recolher os fluídos vitais), está de pé e de frente: o pé direito repousa sobre uma faixa estreita de solo amarelo, a perna esquerda está dobrada por detrás do joelho direito (ver o Imperador e o Dependurado, numa posição equivalente, que marcam o desejo de concentrar as forças). Ela está no centro da grinalda oval, sucessivamente azul, vermelha e amarela, feita de folhas alongadas com nervuras negras. Um nó cruzado vermelho passa nas duas extremidades. Nos ângulos inferiores da carta, um Cavalo cor de carne e um leão de ouro; nos ângulos superiores, uma Águia e um Anjo: símbolos dos quatro Envangelistas, diz-se normalmente, esquecendo-se que, segundo a visão de Ezequiel, é um Boi e não um cavalo (que corresponderá mais tarde a São Lucas). Melhor, sem dúvida, será ver nesta carta os quatro símbolos dos quatro elementos, sendo o cavalo a terra, o leão o fogo, a águia o ar, e o anjo, que parece transportar nuvens, a água fecundante; símbolos também das quatro direcções da bússola (v. Pontos cardeais) e da harmonia cósmica: a águia, símbolo do Oriente, da manhã, do equinócio da Primavera; o leão, símbolo do meio-dia e do solstício do Verão; o boi (aqui, o cavalo), simbolo da tarde, do Ocidente e do equinócio do Outono; o homem (aqui, o anjo), simbolo da noite, do Norte e do solstício do Inverno.

No plano psicológico pode também esboçar-se uma interpretação: o cavalo é inteiramente cor de carne e é o único a não ter auréola; dado que, no Tarô, esta cor significa o que é humano, parece claro que matéria e carne, sem a auréola da sublimação, são aqui o símbolo do homem, enquanto base e ponto de partida de toda a evolução espiritual. O leão é amarelo, cor solar, mas tem uma auréola cor de carne; estamos ainda no mundo composto de matéria e espírito, na parte de baixo da carta; portanto, o humano domina o animal e a matéria está já em vias de espiritualização. A águia que está no ângulo superior direito, é amarelo dourado como o leão, mas tem duas asas azuis que nos fazem lembrar as do Cupido da carta VI (o Amoroso) e as do Diabo (XV), asas de forças obscuras da alma que podem ser sublimadas ou dirigidas num sentido maléfico, conforme o uso que fizermos do nosso incosciente ou da nossa intuição. Aqui, a sua auréola vermelha ilumina-nos, pois ela simboliza o espírito que domina os instintos. Por último, o anjo, vestido de azul e branco, com asas vermelhas como a sua auréola, que ultrapassa claramente a moldura da carta: simboliza o Espírito, o valor supremo que deve ser motor de toda a acção e o termo final de toda a evolução. Encontramos de novo este vermelho na base, no centro e no topo da grinalda, pois, na sua unidade, o Espírito é ao mesmo tempo o ponto de partida o centro e a conclusão. A personagem central não tem auréola, mas a grinalda que o cerca e na qual se apoia com a mão esquerda tem a forma duma Amêndoa: é a Mandorla, símbolo da união do céu e da terra, que também envolve quer a Virgem ou Cristo, quer as divindades hindus. Esta mulher não está imóvel: o véu sobre os seus ombros parece estar a ser levantado pelo vento e a sua posição de equilíbrio sobre um pé sugere o movimento gerador das coisas… O Mundo é um turbilhão, uma Dança perpétua em que nada pára.
Assim, o vigésimo primeiro arcano simboliza ao mesmo tempo a totalidade do mundo e do homem; o mundo incessantemente criado pelo movimento harmonioso que mantém os elementos em equilíbrio e o homem na sua ascensão espiritual. O mundo assim representado é o símbolo das estruturas eqilibradoras, ou melhor ainda, segundo uma expressãode Gilbert Durand, uma estrutura de antagonismo equilibrado.

pjm



O Mundo é representado por uma mulher seminua em pé ou um Hermafrodita no centro de uma mandala (guirlanda de flores), com um bastão em sua mão e quatro seres (leão, touro, águia e anjo) representando os quatro signos fixos do zodíaco (aquário, escorpião, touro, leão). Retrata a conclusão, integração, expansão, contentamento, felicidade, harmonia. é representada pela letra hebraica Tav.

Simbolismo

Dentro de uma grinalda amendoada dança um personagem nu, coberto só parcialmente por um véu que desce do seu ombro esquerdo; na mão do mesmo lado traz uma vareta. Nos cantos da carta, quatro figuras evocam a representação simbólica tradicional dos evangelistas: anjo, águia, leão e touro (embora este último pareça mais um cavalo).

A grinalda está formada de folhas simples e oblongas (no Tarô de Marselha da editora Grimaud, as folhas do terço superior são amarelas, as do meio vermelhas e as da parte inferior azuis); está amarrada, em cima e embaixo, por laços vermelhos em forma de xis.

Dentro do espaço ovulado que a grinalda limita – com o pé direito pousado sobre um suporte vermelho (ou amarelo) e a perna esquerda dobrada por trás do joelho direito – está o personagem que parece dançar. Sua cara poderia ser masculina, mas tem seios de mulher; o véu curto que o cobre tapa justamente o seu sexo. Em uma mão leva a vara, na outra um objeto indeterminado.

No ângulo superior direito da carta há uma águia, a cabeça aureolada por um círculo vermelho, olhando para a esquerda; no ângulo oposto, um anjo olha para baixo.

Nos ângulos inferiores se vê, à direita, um leão amarelo com auréola rosada, representado de frente; à esquerda, uma espécie de cavalo, o único dos quatro sem auréola. Este último animal, que é visto de três quartos, olha para a frente e para a esquerda. Tanto o leão como o cavalo parecem dotados de asas de composição semelhante às folhas da grinalda.

Palavras-chave

Finalização, realização. Recompensa. Apoteose. Encontrar o próprio lugar no mundo. Centralizar-se. Alegria de viver. O sensível, a carne, a vida transitória. Sorte grande, êxito completo. Coroamento da obra, finalização de um processo. Força decisiva. Circunstâncias muito favoráveis, meio propício. Integridade absoluta. Contemplação envolvida. Êxtase. Alegria, reconhecimento, riqueza. Representa o elemento feminino. É uma carta muito individual.

Mental: Grande poder da mente. Tendência para a perfeição. Magistério mental e psíquico.

Emocional: Significa elevação do espírito, sentimentos amorosos no sentido altruísta, sem egoísmo nem sensualidade. Amor à humanidade, tarefas sociais a cumprir. Sentimentos guiados pelo desejo de aperfeiçoar tudo que se faz. Para os artistas: inspiração abundante.

Físico: Experiência rica. Atividades sólidas e brilhantes. Êxito em níveis não transcendentes (mundanos, transitórios). Boa saúde.

Sentido negativo: Fracasso. Processo que afeta os sentimentos. Sacrifício por amor. Obstáculo formidável. Ambiente hostil, todos estão contra. Disposições mundanas. Dispersão, distração. Incapacidade para se concentrar. Grande revés da sorte, ruína. Desconsideração social.

História e iconografia

São Jerônimo, no século IV, parece ter sido o primeiro a associar os quatro evangelistas aos animais da visão de Ezequiel. Mil anos depois é freqüente encontrá-los em relevos e mosaicos, e aparecem com grande freqüência nas miniaturas dos manuscritos posteriores a esta data.

Em outras tradições são equivalentes a diversas alegorias derivadas do quaternário, entre as quais sobressai a que representa a rosa-dos-ventos.

Quanto à grinalda, seu processo iconográfico pode ser seguido com clareza. Na arte da Índia – de onde passou às culturas mediterrâneas – numerosas divindades eram tradicionalmente marcadas por essa orla oval, que se refere ao povo do mundo.

Mitra, o Sol radiante, foi representado durante a época helenística como um homem jovem e nu, dentro de uma grinalda na qual figuravam os signos do zodíaco. Num baixo-relevo encontrado em Módena, vê-se Cronos numa composição próxima à do arcano XXI, incluindo ainda as figuras dos cantos.

Este grafismo parece ter dado origem à difundida auréola que, a princípio, era amendoada (mandorla); só bem mais tarde adotou a forma redonda das estampas modernas.

Tanto nos pórticos das catedrais góticas, quanto nos murais de estilo bizantino das antigas igrejas e nas iluminuras dos manuscritos religiosos, é a figura do Cristo que ocupa o centro da mandorla, também denominada "vesica pisces". A mondorla preenchida por Nossa Senhora, figura feminina, torna-se mais comum após o Renascimento.

Milhares de santos foram figurados na Idade Média dotados de auréola, embora não seja arriscado supor que isto foi uma derivação estética proveniente das mais antigas imagens da Virgem Maria que tinham este atributo.

Van Rijneberk assegura que por trás do simbolismo de sacralização (auréola = aura de santidade) pode-se ler o significado que a associa à virgindade, já que desde tempo remoto esta era representada pela amêndoa, cujo fruto acreditava-se havia nascido por geração espontânea.

Van Rijneberk acrescenta que, neste caso, a figura vertical e a forma oval que a circunda “parecem representar, de maneira mais ou menos velada, uma vagina simbólica”. Sob este aspecto, o arcano XXI representaria o amor. Neste caso, cabe estabelecer uma analogia entre a protagonista de O Mundo e o "Nascimento de Afrodite", divindade com a qual tem numerosos pontos em comum.

Se as séries do Tarot e os seus sistemas de relações se organizam, como se viu, pela dupla variável de ternários e de setenários, é evidente a importância do simbolismo de O Mundo (21 = 7 ternários = 3 setenários = 7 x 3 = 3 x 7).

É a partir desse significado numerológico que muitos definem o principal sentido do arcano O Mundo como sendo “a totalidade ou o conjunto do manifestado”, o que é referendado pela alegoria quaternária, ordem sempre associada aos modelos de organização.

Neste sentido, o arcano XXI seria também o Destino Maior (que universaliza o tema do Destino Menor ou cotidiano, representada pelo arcano X, a Roda da Fortuna), o rigoroso mecanismo que rege a pontualidade da rotação da Terra, das estações, das crescentes e minguantes, do dia e da noite.

Ouspensky entende que esta carta apresenta o resumo do cotidiano – que se oferece continuamente aos sentidos sem ser inteligível na sua totalidade, mas apenas fragmentariamente, já que “tudo o que se vê, as coisas os fenômenos, não são senão hieróglifos de idéias superiores”.

Variações

Chamado de AEON em alguns tarots.

tcom

Here we see the supreme symbol of wholeness. Surrounded by the laurel wreath of victory, a naked woman holds a taper or a magician's wand. Above and below, the macrocosm and the microcosm, even right and left, have now become one. The figure is no longer confined by land or water, but stands in the supreme freedom of pure being. Around the laurel wreath, the four creatures of Ezekiel occupy the corners of the card. The Tarot journey has reached completion. Whether teaching others or moving on to levels beyond comprehension, the aspirant is now free, and will never again return to the prison of ignorance. The naked figure is no longer completely naked. A veil drapes itself across the body, hiding the genitals, the symbol of creativity. The veil reminds us again that there are more mysteries to come. And the number 21, though the occult number of completion (being 3 times 7, two numbers of magical significance), is not the number of absolute unity, infinity, unlimited potential. That number is zero, the number of The Fool, the card we met at the outset, which has accompanied us throughout our journey. The Fool is zero, the one who abandons concepts about reality in favor of direct experience.
ENCYCLOPAEDIA V. 51-0 (11/04/2016, 10h24m.), com 2567 verbetes e 2173 imagens.
INI | ROL | IGC | DSÍ | FDL | NAR | RAO | IRE | GLO | MIT | MET | PHI | PSI | ART | HIS | ???