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S013f Santos. Frases diversas anotadas



“Suponho que a avó do diabo entenda muito da verdadeira psicologia da mulher, eu, no entanto, até agora, não” (Jung, 1991, p.118).

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“O amor é a compensação da morte” (A. Schopenhauer).

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Fernando Pessoa, no Poema II de O guardador de rebanhos:
“Porque quem ama nunca sabe o que ama/ Nem sabe por que ama, nem o que é amar...”

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Camões: “Transforma-se o amador na cousa amada,/por virtude do muito imaginar;/ não tenho, logo, mais que desejar,/ pois em mi tenho a parte desejada.”

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Camões: “Mas como causar pode seu favor/ Nos corações humanos amizade,/ Se tão contrário a si é o mesmo Amor?”

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“o amor mata o que éramos, a fim de que surja o que não éramos; o amor é para nós como a morte”.(Jung, 1998-B, P. 243).

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Diz o poeta Manoel de Oliveira: “O olho vê, a Memória revê, e a imaginação transvê. É preciso transver o mundo.”

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Os ciumentos sempre olham para tudo com óculos de aumento, os quais engrandecem as coisas pequenas, agigantam os anões, e fazem com que as suspeitas pareçam verdades (Cervantes)

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Sartre: paixão, bela torrente devastadora

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Toda literatura es autobiográfica (Jorge Luis Borges) [1].

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“Em Orã, como noutras partes, à míngua de tempo e reflexão, somos obrigados a amar sem saber” (Camus, A peste, p.62).

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The fisherman and the genie, illustration by H.J. Ford from The Arabian Nights Entertainments, 1898 (image from Ideas Made of Light)

“O reino humano abarca, por baixo do solo da pequena habitação, comparativamente corriqueira, que denominamos consciência, insuspeitadas cavernas de Aladim. Nelas há não apenas um tesouro, mas também perigosos gênios: as forças psicológicas inconvenientes ou objeto de nossa resistência, que não pensamos em integrar – ou não nos atrevemos a fazê-lo – à nossa vida. E essas forças podem permanecer insuspeitadas ou, por outro lado, alguma palavra casual, o odor de uma paisagem, o sabor de uma xícara de chá ou algo que vemos de relance pode tocar uma mola mágica, e eis que perigosos mensageiros começam a aparecer no cérebro. Esses mensageiros são perigosos porque ameaçam as bases seguras sobre as quais construímos nosso próprio ser ou família. Mas eles são, da mesma forma, diabolicamente fascinantes, pois trazem consigo chaves que abrem portas para todo o domínio da aventura, a um só tempo desejada e temida, da descoberta do eu. Destruição do mundo que construímos e no qual vivemos, assim como nossa própria destruição dentro dele; mas, em seguida, uma maravilhosa re-construção, de uma vida mais segura, límpida, ampla e completamente humana – eis o encanto, a promessa e o terror desses perturbadores visitantes noturnos, vindos do reino mitológico que carrega-mos dentro de nós”.

f.: Campbell, Joseph & Moyers, Bill. O poder do mito. Trad. Carlos Felipe Moisés. São Paulo: Palas Athena, 1990.

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“A arte é concebida como uma luta contra a morte, bem como, aliás, a mística. Uma e outra simbolizam um combate pela eternidade” (Chevalier & Gheerbrant, 2008, p.876).

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XLVI
Anoche soñé que oía
a Dios, gritándome: ¡ Alerta!
Luego era Dios quien dormía,
y yo gritaba: ¡ Despierta!

(XLVI
À noite sonhei que ouvia
Deus, que me gritava: Alerta!
Depois Deus adormecia
e eu gritava: Desperta!)

António Machado

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XXXVIII
¿ Dices que nada se crea?
Alfarero, a tus cacharros.
Haz tu copa y no te importe
si no puedes hacer barro.

(XXXVIII
Dizes que nada se cria?
Oleiro, mãos ao trabalho!
Faz teu copo e não te importe
se não podes fazer barro.)

António Machado

vide http://ocanto.esenviseu.net/destaque/machado.htm

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Caminante, son tus huellas
el camino, y nada más;
caminante, no hay camino,
se hace camino al andar.
Al andar se hace camino,
y al volver la vista atrás
se ve la senda que nunca
se ha de volver a pisar.
Caminante, no hay camino,
sino estelas en la mar.

(Caminhante, são teus rastos
o caminho, e nada mais;
caminhante, não há caminho,
faz-se caminho ao andar.
Ao andar faz-se o caminho,
e ao olhar-se para trás
vê-se a senda que jamais
se há-de voltar a pisar.
Caminhante, não há caminho,
somente sulcos no mar.)

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Eu sou eu e minha circunstância.

(José Ortega y Gasset)


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Não acredito em brasileiro sem erro de concordância.
(Nelson Rodrigues)

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Alterius non sit, qui suus esse potest.
(Quem pode ser aquele que que é, não deve seguir os outros)

C. G. Jung, ‘O Espírito na Arte e na Ciência’, p.3.

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Nada exerce maior influência psíquica sobre o meio-ambiente da pessoa, sobretudo das crianças, do que a vida não vivida dos pais.

C. G. Jung, ‘O Espírito na Arte e na Ciência’, p.2.

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Pelo menos numa coisa homens e mulheres concordam: nenhum deles confia em mulheres. (H. L. Mencken, O livro dos insultos).

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“Os políticos e as fraldas devem ser trocados frequentemente, e pelas mesmas razões.”

Eça de Queiroz.

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Certas práticas de misticismo podem produzir alteração das relações normais entre as diversas regiões do espírito, de modo a que, por exemplo, o sistema perceptivo se torne capaz de aprender as relações existentes em camadas mais profundas do ego e no id, que de outra maneira lhe seriam inacessíveis.

(...) Os esforços terapêuticos da psicanálise escolheram quase o mesmo método de aproximação.

Sigmund Freud

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Ser poderosa é como ser uma dama.
Se você precisa dizer aos outros que é, então você não é.

Margaret Tatcher

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Uma moral nua provoca o tédio.
O conto faz passar o preceito com ele.


La Fontaine

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A melhor atitude perante o dinheiro é a repulsa ávida.

Henry Miller

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Percebi que passado e futuro são ilusões que só existem no presente, que é tudo o que existe.

Alan W. Watts

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Eu devo minha solidão às outras pessoas.

Alan W. Watts

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Não pode fazer planos válidos para o futuro quem não tem a capacidade de viver o agora.

Alan W. Watts

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Todo mundo sabe que a realidade é só uma mancha de Rorschach.

Alan W. Watts

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Santos precisam de pecadores.

Alan W. Watts

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Tentar definir a si mesmo é como tentar morder os próprios dentes.

Alan W. Watts

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Zen não confunde espiritualidade com pensar em Deus enquanto se descasca batatas. A espiritualidade Zen é apenas descascar batatas.

Alan W. Watts

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“todas as coisas são geradas pelo antagonismo”. (Heráclito)

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‘uma negação demasiado enérgica é uma afirmação (...)’

(Mira y López, Psicologia Jurídica)

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“Quando uma intenção não pode apresentar-se desnuda, adquire um traje ideológico, e é aceita com tanto mais complacência quanto maior é o luxo e a pompa daquele”

(Sturlow).

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‘Se você pensa apenas em seus pecados, então você é um pecador’

(Ramakrishna).

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Sigmund Freud enfatiza em seus escritos as passagens e dificuldades da primeira metade do ciclo de vida humano aquelas vivenciadas na infância e na adolescência, quan do o nosso sol se aproxima do zênite. C. G. Jung, por sua vez, enfatizou as crises da segunda metade quando, para evoluir, essa esfera brilhante deve submeter-se a descer e desaparecer, finalmente, no útero noturno do túmulo. Os símbolos normais dos nossos desejos e temores transformam- se, nesse entardecer da vida, em seus opostos; pois, nesse ponto, já não é a vida, mas a morte, que constitui o desafio. Portanto, não é difícil deixar o útero; a dificuldade reside em deixar o falo – a não ser, é verdade, que o amargor da vida já tenha tomado posse do coração, situação na qual a morte atrai como a promessa de bênção que era antes representada pelo encantamento amoroso. Percorremos um círculo completo, do túmulo do útero ao útero do túmulo: uma ambígua e enigmática incursão num mundo de matéria sólida prestes a se diluir para nós, tal como ocorre com a substância do sonho. E, rememorando aquilo que prometia ser nossa aventura – ímpar, imprevisível e perigosa -, tudo o que encontramos, no fim, é a série de metamorfoses padronizadas pelas quais homens e mulheres, em todas as partes do mundo, em todos os séculos de que temos notícia e sob todas as aparências assumidas pela civilizações, têm passado.

(Campbell, O herói de mil faces)

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A função primária da mitologia e dos ritos sempre foi a de fornecer os símbolos que levam o espírito humano a avançar, opondo-se àquelas outras fantasias humanas constantes que tendem a levá-lo para trás. Com efeito, pode ser que a incidência tão grande de neuroses em nosso meio decorra do declínio, entre nós, desse auxílio espiritual efetivo. Mantemo-nos ligados às imagens não exorcizadas da nossa infância, razão pela qual não nos inclinamos a fazer as passagens necessárias da nossa vida adulta. Nos Estados Unidos, há até um pathos de ênfase invertida: o alvo não é envelhecer, mas permanecer jovem; não é amadurecer e afastar-se de Mamãe, mas apegar-se a ela.

(Campbell, O herói de mil faces)

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“Todos os neuróticos são Édipo ou Hamlet.”

(Freud)

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“Oh! meu Deus! Poderia ficar confinado numa casca de noz e, mesmo assim, considerar-me-ia rei do espaço infinito, não fossem os maus sonhos que tenho”.

(Shakespeare. Hamlet, segundo ato, cena II)

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O prodígio reside no fato de a eficácia característica, no sentido de tocar e inspirar profundos centros criativos, estar manifesta no mais despretensioso conto de fadas narrado para fazer a criança dormir – da mesma forma como o sabor do oceano se manifesta numa gota ou todo o mistério da vida num ovo de pulga. Pois os símbolos da mitologia não são fabricados; não podem ser ordenados, inventados ou permanentemente suprimidos. Esses símbolos são produções espontâneas da psique e cada um deles traz em si, intacto, o poder criador de sua fonte.

(Joseph Cambell, O Herói de Mil Faces)

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Não seria demais considerar o mito a abertura secreta através da qual as inexauríveis energias do cosmos penetram nas manifestações culturais humanas.

(Joseph Cambell, O Herói de Mil Faces)

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“As verdades contidas nas doutrinas religiosas são, afinal de contas, tão deformadas e sistematicamente disfarçadas (...) que a massa da humanidade não pode identificá-las como verdade. “

(Sigmund Freud)

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“Há o suficiente no mundo para todas as necessidades humanas, não há o suficiente para a cobiça humana”.

Mahatma Gandhi

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“Um homem não pode fazer o certo numa área da vida, enquanto está ocupado em fazer o errado em outra. A vida é um todo indivisível.”

Mahatma Gandhi

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“Se procurar bem você acaba encontrando. Não a explicação (duvidosa) da vida, Mas a poesia (inexplicável) da vida.”

Carlos Drummond de Andrade

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“As convicções são inimigas mais perigosas da verdade do que as mentiras”.

Friedrich Nietzsche

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O material escolar mais barato que existe é o professor.

Jô Soares

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“Para o jornalista, tudo o que é provável é verdadeiro”.

Balzac.

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“Bendito quem inventou o belo truque do calendário, pois o bom da segunda-feira, do dia 1º do mês e de cada ano novo é que nos dão a impressão de que a vida não continua, mas apenas recomeça…”

(Mário Quintana).

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“Não é permitido irritarmo-nos com a verdade”

(Platão).

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O tempo é uma prisão.

(De um sitcom)

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Para as rosas, o jardineiro é eterno.

Machado de Assis (do Quincas Borba)

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São assim, os homens; as águas que passam, e os ventos que rugem não são outra coisa.

Machado de Assis (do Quincas Borba)

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O maior pecado, depois do pecado, é a publicação do pecado.

Machado de Assis (do Quincas Borba)

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Ao vencido, ódio ou compaixão; ao vencedor, as batatas.

Machado de Assis (do Quincas Borba)

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Filosofia é uma coisa, e morrer de verdade é outra.

Machado de Assis (do Quincas Borba)

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Não há vinho que embriague como a verdade.

Machado de Assis (do Quincas Borba)

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A paisagem depende do ponto de vista; e (...) o melhor modo de apreciar o chicote é ter-lhe o cabo na mão.

Machado de Assis (do Quincas Borba)

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A page of history is worth a volume of logic

(Oliver Wendell Holmes Jr.)

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(Woody Allen, um dos diálogos da ‘Última noite de Bóris Grushenko’).

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Quem, em nome da liberdade, renuncia a ser aquilo que devia ser, já se matou em vida: é um suicida de pé. A sua existência consistirá numa perpétua fuga da única realidade que era possível. (José Ortega y Gasset).

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Qualquer um procura moda em butique e história em museu. O explorador criativo procura história em loja de ferragens e moda em aeroporto. (Robert Wieder)

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‘o discernimento suficiente para perceber quando é oportuno sufocar as paixões, ou quando se deve enfrentar e combater as realidades do mundo exterior é, finalmente, o Alfa e o Ômega da sabedoria prática’ (Sigmund Freud).

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‘Enquanto a filosofia sublime / rege, supremamente, o curso do tempo / o mundo, seguindo o velho costume / se move pela fome e pela paixão’ (Schiller)

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‘A natureza humana ultrapassa muito, quanto ao bem e ao mal, o que o homem acredita a respeito de si mesmo’ (Sigmund Freud).

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‘No confessionário o pecador conta o que sabe; na análise, porém, espera-se que o neurótico revele muito mais’ (Sigmund Freud).

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‘Os fados guiam àquele que assim o deseja; àquele que não o deseja, eles arrastam’ (Joseph Campbell)

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‘Todas as coisas são metáforas’ (Goethe).

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‘A religião é uma defesa contra a experiência de deus’ (Jung).

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‘A heroicidade do ato de nascer faz jus ao respeito e apoio de toda a comunidade’ (Otto Rank)

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‘A história é um pesadelo de que estou tentando despertar’ (James Joyce)

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‘Tome cuidado para que, ao se desfazer dos demônios, você não se desfaça do que há de melhor em você’

(Nietzsche).

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O passado ensina, o presente não aprende, o futuro não existe.

(Sokurov).

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Algum dia, em qualquer parte, inexoravelmente, hás de encontrar-te
contigo mesmo.
E só de ti depende que essa seja a mais amarga das tuas horas, ou teu momento melhor.
(M. de Combi)


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Não são os deuses que decidem se os homens existem. São os homens que decidem se os deuses devem existir ou deixar de existir.

(J. M. Straczinsky, 'Thor : o renascer dos deuses', 1)

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o vazio é um espelho que reflete meu ser. Vejo-me nele e sinto medo e nojo. Pela minha indiferença ao próximo fui rejeitado por ele. Vivo num mundo assombrado, fechado em minhas fantasias. Minha vida foi gasta em buscas, lutas, atos e conversas sem sentido ou significado. Uma vida sem sentido

(do filme 'O sétimo selo')

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"O que constitui a minha substância é o que me abrasa e me inflama, pois que é desejável que viva daquilo de que os outros morrem..."

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Minha vida não é nada. O que conta são as razões da minha vida. Não sou um cão. (Camus, Estado de Sítio)

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Deste ponto em diante, não consta do blog de frases

Só acredito naquilo que posso tocar. Não acredito, por exemplo, em Luiza Brunet. (Luiz Fernando Veríssimo).

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Estou acima de todas as coisas, porque nada desejo. (Camus, ‘Estado de sítio’)

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"Render-se absoluta, incondicionalmente à mulher que se ama é romper todas as amarras, exceto o desejo de não a perder, que é a amarra mais terrível de todas" (H. Miller, 'Sexus').

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"Amigos, como é mais linda a vitória roubada" (Nelson Rodrigues).

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"O Brasil é muito impopular no Brasil" (Nelson Rodrigues).

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"Há certas idades que são aberrantes, inverossímeis. (...) Eu, com mais de quarenta, custo a crer que alguém possa ter dezessete anos, jamais" (Nelson Rodrigues).

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Pensamentos do imperador Marco Aurélio
postado em 03/11/2009 04:06 por Alberto dos Santos( 03/11/2009 05:54 atualizado‎(s)‎ )
A nossa vida é aquilo que os nossos pensamentos fizerem dela.

Muitas vezes erra não apenas quem faz, mas também quem deixa de fazer alguma coisa.

O melhor modo de vingar-se de um inimigo é não se assemelhar a ele.

Nada de desgosto, nem de desânimo; se acabas de fracassar, recomeça.

Pratica cada um dos teus atos como se fosse o último da vida.

Se te ocorrer, de manhã, de acordares com preguiça e indolência, lembra-te deste pensamento: «Levanto-me para retomar a minha obra de homem”.

A experiência é um troféu composto por todas as armas que nos feriram.

Antes ser reprovado por um gênio do que louvado por um idiota.

Não desprezes a morte; dá-lhe boa acolhida, como a uma das coisas que a Natureza quer.

Não se é menos culpado não fazendo o que se deve fazer do que fazendo o que não se deve fazer.

Mais penosas são as consequências da ira do que as suas causas.

Mudar de opinião e seguir quem te corrige é também o comportamento do homem livre.

A arte de viver é mais parecida com a luta do que com a dança, já que está pronta para enfrentar tanto o inesperado como o imprevisto, e não está preparada para cair.

Muito ganha em tranqüilidade quem não se preocupa com o que o vizinho diz, faz ou pensa, mas apenas com os seus próprios atos.

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Crê em ti; mas nem sempre duvides dos outros.

M. de A.

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Suporta-se com paciência a cólica do próximo.

M. de A.

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'Mulher bonita demais e melancia grande, ninguém come sozinho'. (Arnaldo Jabor)

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O homem morre por um ideal, mas não morre de fome por um ideal. John Stuart Mill

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Tudo faça para não morrer
em último caso
que seja longe de Curitiba
(Dalton Trevisan)

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O homicídio é uma forma extrema de censura

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Algumas horas ou alguns anos de espera dão na mesma, quando se perdeu a ilusão de ser eterno.
(Jean Paul Sartre, O Muro)

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Vamos consertar o mundo.
Vamos começar lavando os pratos.
(de uma canção da Sandra de Sá)

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O dinheiro não é capaz de lhe comprar amigos, mas com ele você consegue inimigos de maior categoria.
(Spike Mulligan)

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Quem come da árvore do conhecimento sempre acaba expulso de algum paraíso
(William Ralph Inge [2]).

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Dois excessos: excluir a razão, e só admitir a razão.
(Blaise Pascal)

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A dúvida é um dos nomes da inteligência.
(Borges)

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Há quem passe pelo bosque e só veja lenha para a fogueira.
(Tolstoi)

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Quem se senta no fundo de um poço para olhar o céu há de achá-lo pequeno.
(Provérbio chinês)

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O peixe que não foi pescado é sempre grande.
(Provérbio chinês)

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O sucesso errado é o pior fracasso.
(L. F. Veríssimo)

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O melhor do que sabes não pode ser dito às crianças.
(Goethe)

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Passagem do ano
Carlos Drummond de Andrade.

O último dia do ano // Não é o último dia do tempo. // Outros dias virão // E novas coxas e ventres te comunicarão o calor da vida. // Beijarás bocas, rasgarás papéis, // Farás viagens e tantas celebrações // De aniversário, formatura, promoção, glória, doce morte com sinfonia // E coral, // Que o tempo ficará repleto e não ouvirás o clamor, // Os irreparáveis uivos // Do lobo, na solidão. // O último dia do tempo // Não é o último dia de tudo. // Fica sempre uma franja de vida // Onde se sentam dois homens. // Um homem e seu contrário, // Uma mulher e seu pé, // Um corpo e sua memória, // Um olho e seu brilho, // Uma voz e seu eco. // E quem sabe até se Deus... // Recebe com simplicidade este presente do acaso. // Mereceste viver mais um ano. // Desejarias viver sempre e esgotar a borra dos séculos. // Teu pai morreu, teu avô também. // Em ti mesmo muita coisa, já se expirou, outras espreitam a morte, // Mas estás vivo. Ainda uma vez estás vivo, // E de copo na mão // Esperas amanhecer. // O recurso de se embriagar. // O recurso da dança e do grito, // O recurso da bola colorida, // O recurso de Kant e da poesia, // Todos eles... e nenhum resolve. // Surge a manhã de um novo ano. // As coisas estão limpas, ordenadas. // O corpo gasto renova-se em espuma. // Todos os sentidos alerta funcionam. // A boca está comendo vida. // A boca está entupida de vida. // A vida escorre da boca, // Lambuza as mãos, a calçada. // A vida é gorda, oleosa, mortal, sub-reptícia.

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asas do desejo

Quando a criança era criança, andava
com os braços balançando.
Queria que o córrego fosse um rio,
o rio uma torrente...
e que esta poça fosse o mar.
Quando a criança era criança, não
sabia que era uma criança.
Tudo era cheio de vida,
e a vida era única.
Quando a criança era criança,
não tinha opinião sobre nada.
Não tinha hábitos.
Sempre sentava com as pernas cruzadas,
Saía correndo...
os cabelos eram desarrumados,
e não fazia pose...
quando fotografada.

Quando a criança era criança,
era o tempo destas perguntas:
Porque eu sou eu, e não você?
Porque estou aqui, e não ali?
Quando o tempo começou,
e onde o espaço termina?
Não seria a vida sob o sol
apenas um sonho?
Não seria o que vejo, escuto e cheiro apenas uma
visão do mundo antes do mundo?
O diabo realmente existe e pessoas
que são realmente más?
Como pode ser que eu, que sou eu,
antes de chegar a sê-lo, não fosse?
e que eu, sendo quem sou,
algum dia não serei eu mesmo?

Quando a criança era criança
engasgava com espinafre, ervilhas...
pudim de arroz
e couve-flor cozido...
e agora ela come tudo isso,
e não porque é obrigada a fazê-lo.
Quando a criança era criança,
uma vez acordou numa cama estranha...
mas agora o faz toda hora.
Naquele tempo, achava muitas pessoas belas,
mas agora raramente.
A criança imaginava claramente o Paraíso,
e agora só consegue suspeitar como seria.
Não podia imaginar o vazio,
e hoje se estremece com a idéia.
Quando a criança era criança,
brincava com entusiasmo...
e agora tal entusiasmo só
acontece com o trabalho.

Quando a criança era criança,
pães e maçãs eram suficientes
para se alimentar.
E segue sendo assim.
Quando a criança era criança,
As sementes que caíam em suas
mãos eram apenas sementes.
E segue sendo assim.
As nozes deixavam sua língua áspera.
E segue sendo assim.
No topo de cada montanha
desejava uma montanha mais alta.
Em cada cidade, desejava uma cidade maior.
E segue sendo assim.
No alto da árvore, colhia cerejas
tão entusiasmadamente
quanto hoje em dia.
Era tímido com os estranhos,
e ainda o é.
Esperava sempre a primeira neve,
e segue sempre fazendo assim.
Quando a criança era criança,
jogou um pau contra uma árvore
como se fosse uma lança,
e ainda continua ali, vibrando.

* * *


A Justiça deve ser como o Trovão, temida por todos os homens mas infortúnio só para alguns.
(não literal, autor desconhecido, citado por Warren Ellis em Thunderbolts)

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'faz peso à terra'.

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'cada objeto amado é o centro de um novo paraíso' (Novalis).

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em todo o caso, prefiro mil vezes ser pervertida do que idiota (Nelson Rodrigues, Vestido de noiva, p. 49).

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Um marido que dá garantias de vida está liquidado (Nelson Rodrigues, Vestido de noiva, p.24)

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"O visível esconde o invisível, mas apesar disso conseguimos o invisível apenas através do visível" (Paracelso)

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'Escrevam aí: Eddy is no more'
últimas palavras de E. A. Poe

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Agora, afinal, essa coisa distinta, a morte
últimas palavras de Henry James

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Pelo menos numa coisa homens e mulheres concordam: nenhum deles confia em mulheres. (H. L. Mencken, O livro dos insultos).

* * *


Bebo para tornar os outros interessantes. (H. L. Mencken, O livro dos insultos).

* * *


Um advogado com sua passa pode roubar mais que cem homens armados. (M. Puzo, ‘O chefão’).

* * *


A lei, em sua majestade, não busca vingança. (M. Puzo, ‘O chefão’).

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Há religiões suficientes para os homens se odiarem, mas não para se amarem. (Do filme “Coração satânico”).

* * *


O futuro não é mais o que costumava ser. (Do filme “Coração satânico”).

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Cago eu, cagas tu / cagam todos que têm cu. / Caga o rei, caga o papa, / de cagar ninguém escapa. (De um banheiro na beira da estrada Maringá-Campo Grande).

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A paciência é a escada dos filósofos, e a humildade a porta do seu jardim. (Nicolau Valois).

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Eu não quero ser, se puder, nem feliz nem infeliz; me abandono e me refugio na mediocridade. (La-Bruyére, 85).

* * *


É governado pela natureza das dificuldades... (La-Bruyére, 83).

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As obras primas costumam ser filhas do acaso ou da negligência. (Borges).

* * *


O rancor de um homem tão minuciosamente vil importa em elogio. (Borges, Antologia, p.12).

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Acreditas que a divindade possa criar um lugar que não seja o paraíso? Acreditas que a queda seja outra coisa que ignorar que estamos no paraíso? (Borges, Paracelso).

* * *


Um homem se confunde gradualmente com a forma do seu destino. (Borges, A escrita do deus).

* * *


Oh! Felicidade de entender, maior que a de imaginar ou de sentir! (Borges, A escrita do deus).

* * *


Antes eu queria mudar o mundo; agora só quero sair do recinto com um pouco de dignidade... (Do filme Shortbus).

* * *


No objeto, por fim, amamos o que colocamos de nós mesmos, o pacto, a harmonia que estabelecemos entre nós e ele, a alma que ele adquire somente para nós e que é constituída das nossas recordações. Pirandello.

* * *


Nada do que vale a pena saber pode ser ensinado (O. Wilde).

* * *


Eu sou eu e minha circunstância.

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"oh! tomai cuidado, meu senhor, com o ciúme; é um monstro de olhos verdes que zomba da carne de que se alimenta" (Shakespeare, Otelo).

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“O tempo é um reino governado por uma criança que brinca com ossinhos” (fragmento das obras de Heráclito) (F.: Durozoi, Gérard & Roussel, André (1996). Dicionário de Filosofia. Trad. Marina Appenzeller. Campinas: Ed. Papirus.)

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A glória é uma incompreensão e talvez a pior (Borges, in Pierre Menard).

* * *


"Meu projeto não é essencialmente difícil (...). Bastar-me-ia ser imortal para realizá-lo" (Borges, in Pierre Menard).

* * *


a ambigüidade é uma riqueza (Borges, in Pierre Menard).

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Primus in orbe deos fecit timor (Os deuses foram a primeira criação do medo na terra) (Publius Papinius Statius).

* * *


Livros são a forma com a qual nós nos comunicamos com os mortos. A forma que aprendemos lições com aqueles que não estão mais entre nós, que a humanidade se construiu, progrediu, fez com que o conhecimento fosse incremental ao invés de algo que precise ser reaprendido, de novo e de novo. Existem contos que são mais velhos que alguns países, contos que sobreviveram às culturas e aos prédios nos quais eles foram contados pela primeira vez. (Neil Gaiman)

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(...) um livro físico é como um tubarão. Tubarões são velhos: existiam tubarões nos oceanos antes dos dinossauros. E a razão de ainda existirem tubarões é que tubarões são melhores em serem tubarões do que qualquer outra coisa que exista. Livros físicos são durões, difíceis de destruir, resistentes à banhos, operam a luz do sol, ficam bem na sua mão: eles são bons em serem livros, e sempre existirá um lugar para eles. (Neil Gaiman)

* * *


Sonhas com grandeza; mas serás malvado o bastante?
(da ópera Macbeth, de G. Verdi).


* * *



Pode, porém, um homem que se conhece a si mesmo, estimar-se, mesmo um pouco que seja? (Dostoievski, Memórias do Subterrâneo).


* * *



Um homem que não se ocupa de nascer ocupa-se de morrer (Bob Dylan).


* * *



Não há problema em seguir sem destino, desde que seja velozmente (da música Streets of fire).


* * *



A lembrança eterna não conserva mais que as coisas imperecíveis. Tudo o que acontece no tempo pertence de direito ao esquecimento (Eliphas Levi, O Livro dos Sábios).

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Todo ato realizado com intenção torna-se um rito (Dion fortune, Autodefesa psíquica).


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“Os Espelhos e a Cópula são abomináveis, porque multiplicam o número dos homens”. (J. L. Borges, Tlön).


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"A paciência é a Escada dos filósofos e a humildade a porta de seu Jardim" (Brasilio Valentin (?)).


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Nossa única defesa contra a Morte - ou melhor, contra o perigo de não conseguir pensar em outra coisa - está na aquisição de preocupações de curto prazo que valham a pena. (...) I. [Newton] acreditava que a verdadeira filosofia nada mais é que o estudo da morte. A verdadeira Arte também principalmente quando sai em defesa da vida. (Julian Barnes, Nada a temer).

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"Se estou condenado, não estou somente condenado à Morte, mas também a defender-me até a morte" (Kafka).

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Toda doutrina que descarte a dúvida e a negação é uma forma de fanatismo e de estupidez. Borges.

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Chega um dia, e chega cedo para muitos, em que não é mais tempo de rir, como costumam dizer, porque atrás de tudo o que olhamos avistamos a Morte. (Guy de Maupassant, Bel-ami, p. 136).

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Convicções profundas, só as tem as criaturas superficiais (F. Pessoa).

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O que é este intervalo que há entre mim e mim? (F. Pessoa).

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O que é que não se faz na nossa província por tédio... (Tchekov, O homem no estojo).

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Antigamente as pessoas eram simples, pensavam menos, e por isso mesmo resolviam os problemas corajosamente. Mas nós pensamos demais, a lógica nos consumiu... Quanto mais desenvolvido é o homem, quanto mais ele pondera e entre em detalhes, tanto mais ele fica vacilante, cismado, e põe mãos à obra timidamente. Na verdade, se pensarmos em profundidade, quanta coragem e confiança em si mesmo são necessárias para se atrever a ensinar, julgar, escrever um livro grosso (...) (Tchekov, Em casa).

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É preciso mexer no mecanismo dos ventos
incendiar o medo
mas sobretudo é preciso soltar
a fera de um novo amor (Mário Pirata)

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Apenas tente não ficar muito complicado. Pessoas complicadas são infelizes, e se um sujeito não é feliz a sorte o abandona (Raymond Chandler, um diálogo em "The Blue Dahlia").

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A minha surpresa é só feita de fatos
de sangue nos olhos e lama nos sapatos

(Chico Buarque, Fortaleza, Calabar).


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se você perguntar a mesma coisa a dois filósofos obterá pelo menos três opiniões (Andrew Pessin, Filosofia em 60 segundos).

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“O amor nos torna maus, isso é um fato certo.” (S. Beckett)

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Sueña el rey que es rey, y vive
con este engaño mandando,
disponiendo y gobernando;
y este aplauso, que recibe
prestado, en el viento escribe,
y en cenizas le convierte
la muerte, ¡desdicha fuerte!
¿Que hay quien intente reinar,
viendo que ha de despertar
en el sueño de la muerte?

Sueña el rico en su riqueza,
que más cuidados le ofrece;
sueña el pobre que padece
su miseria y su pobreza;
sueña el que a medrar empieza,
sueña el que afana y pretende,
sueña el que agravia y ofende,
y en el mundo, en conclusión,
todos sueñan lo que son,
aunque ninguno lo entiende.

Yo sueño que estoy aquí
destas prisiones cargado,
y soñé que en otro estado
más lisonjero me vi.
¿Qué es la vida? Un frenesí.
¿Qué es la vida? Una ilusión,
una sombra, una ficción,

(Calderon de La Barca)



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Ainda era o tempo (...) em que ser jovem era um estorvo social, um sinal de irrelevância, uma condição ligeiramente embaraçosa para a qual o casamento era o começo da cura (Ian Mc Ewan, Na praia).

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"Dediquei-me a investigar e a sondar com sabedoria tudo o que é feito sob o céu; é a pior ocupação que Deus determinou que os filhos dos homens exercessem. Vi todas as obras que são feitas sob o sol e eis que tudo é vaidade e tormento do espírito ... Pois muita sabedoria é muito sofrimento, e quem aumenta conhecimento aumenta a dor" (Eclesiastes, 1:12-18).

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As pessoas extraordinárias é que são perigosas. Aqueles que acordam pensando "conquistarei a Europa hoje?" em fez de "O que teremos pro café da manhã?". Esse tipo precisa ser vigiado. (STS 9) (não lembro o que seria STS 9, suponho que seja uma revista em quadrinhos)

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Há algo na morte semelhante ao amor. Ambos instigam o homem à eloquência. (M do P 11) (Idem acima, pode ser Monstro do Pântano 11).

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Os olhos só veeem o que a mente está preparada para compreender. (Henri Bergson).

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Há doenças piores que as doenças. (F. Pessoa).

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O ódio é um ponto de partida. A muitos lugares você pode ir de lá. M. Carey, Hellblazer 186.

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Eu sou duas coisas, um guerreiro seguidor do deus das batalhas, e alguém que entende a dádiva do amor das musas. (Archilocos de Paros, séc. VII a. C. (ngeo fev 2000)).

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De todas as coisas admiráveis, nada é mais espantoso que o homem (Sófocles, Antigona, apud ngeo fev 2000).

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O espaço está apenas a 120 quilômetros de todas as pessoas da Terra - muito mais perto do que a maioria está da capital do próprio país" (Daniel Deudney, apud 1001 p. 160).

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Equidistantes dos átomos e das estrelas, estamos a expandir os nossos horizontes de exploração para abrangermos tanto o infinitamente grande quanto o infinitamente pequeno (Carl Sagan, no prefácio a 'Uma breve história do tempo' de Hawking).

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"Todos os homens procuram ser felizes; isso não tem exceção... É esse o motivo de todas as ações de todos os homens, inclusive dos que vão se enforcar..." (Pascal, apud Sponteville).

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'Feliz ou infelizmente (dependendo do significado que se der à palavra) todos nós exageramos ao viver o papel de nosso personagem favorito' (Huxley, As portas da percepção).

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"Três meses, três minutos! Eis toda a verdade da vida. Se os pusessem sobre uma grelha, como São Lourenço, cinco minutos eram cinco meses. E ainda se fala em tempo! Há lá tempo? O tempo está nas impressões. Há meses para os infelizes e minutos para os venturosos" (Machado de Assis, Contos fluminentes).

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I'm about to take a hot shower. That's like a normal shower, but with me in it.

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Lord, give me patience, but make it quick!

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If you can't live with the answer, don't ask the question.

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Every time I open my mouth, some idiot starts talking.

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"O excesso de unanimidade sempre me pareceu um pouco suspeito, quando não temível. Todo consenso demasiadamente geral costuma ser o prólogo que anuncia (ou o epílogo que legitima) algum tipo de linchamento, físico ou moral" (Xavier Rubert de Ventós, 'Deus, entre outros inconvenientes', introdução)

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"quando todo mundo está de acordo em criticar algo, o que está em jogo é mais a cumplicidade do grupo do que a objetividade do juízo" (Xavier Rubert de Ventós, 'Deus, entre outros inconvenientes', introdução).

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"Não há nenhum pecado se pecar em silêncio" (Molière, Tartufo, IV, 5)

“os jovens são aquecidos pela natureza tal como os ébrios o são pelo vinho” (Aristóteles)

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“desejava que não houvesse idade entre 16 e 23 anos ou que a mocidade dormisse todo esse tempo, que só é ocupado em engravidar as raparigas, aborrecer os velhos e provocar brigas” (Shakespeare, O Conto de Inverno).


Notas e adendos:

[1] Vide sobre isto: “O que vou escrever já deve estar na certa de algum modo escrito em mim” (Clarice Lispector, A hora da estrela, p.35)

[2] "The fruit of the tree of knowledge always expels us from some paradise". Publicada em 'Truth and falsehood in religion' de William Ralph Inge, publicado por E.P. Dutton and company, 1907; fonte: Wikiquote.
ENCYCLOPAEDIA V. 51-0 (11/04/2016, 10h24m.), com 2567 verbetes e 2173 imagens.
INI | ROL | IGC | DSÍ | FDL | NAR | RAO | IRE | GLO | MIT | MET | PHI | PSI | ART | HIS | ???