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Um


index do verbete

lgs

O um representa o princípio da unidade absoluta, simboliza deus. Representa um Ponto, o Bindu, a Semente da mandala, o Círculo perfeito (m.c. 2].

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A noção de unidade, que governa as antigas matemáticas, não permite dicotomia entre matemática e mundo natural.

A unidade é impensável: para que qualquer coisa exista, deve, como afirmação positiva de si mesma, negar aquilo que não é. O frio só é frio porque é negação do calor. Para que uma coisa seja, seu oposto deve ser também. Dá-se então o começo do mundo criado, a contingência da divisão da unidade em dois. Com o dois começam os números. Essa mesma lei governa nossa compreensão, porque para poder compreender qualquer estado devemos reconhecer e negar seu oposto.

Uma unicidade infinita que pode conter os bilhões. O uno não é plural, nem pode ser limitado ou descrito como soma de muitos. Mas contém o infinito porque excede toda limitação ou descrição mediante a multiplicidade.

Todos os elementos surgem da unidade central de acordo com a lei da inversão e da reciprocidade. Lei essencial da harmonia.

O hinduísmo tradicional sempre repousou sobre a noção do um, do divino, que se dividia dentro de si mesmo para formar seu oposto, criando a si próprio, o universo manifesto. Dentro do olhar divino sobre si mesmo, três de suas próprias qualidades se tornaram distintas, sat, ser imóvel, chit, consciência-força, e ananda, êxtase. O círculo, a unidade, se reafirma no conceito da real idéia, o pensamento de deus, o binda ou semente, o ponto geométrico, o limite entre o manifesto e o não manifesto, entre o espacial e o não espacial. O bindu é a semente-som. O divino se transforma em vibração sonora e prolifera no universo, dando forma e expressão a essa auto-idéia. O universo é o divino pronunciando seu nome para si mesmo.

O universo surge da palavra, uma vibração, uma materialização do pensamento divino. A palavra, saabda, Logos, é pura vibração e é a natureza essencial de tudo que existe. A Música das esferas.

(Lawlor, R. (1996). Geometria Sagrada. Ed. Del Prado.)

kiema



Princípio da fecundação. Luz. Calor. O que é. O ser antes de circunscrever-se a uma aparência.

Principio ativo que se fragmenta para originar a multiplicidade e se identifica com o centro, com o ponto irradiador e a potência suprema.

Diz respeito ao estado paradisíaco anterior ao bem e ao mal (e, em conseqüência, ao estado prévio a todo dualismo).

Guénon distingue o um e a unidade – seguindo a tradição islâmica – sendo a unidade um reino absoluto e fechado em si mesmo, que não admite a passagem à dualidade. Esta imagem poderia relacionar-se talvez com o Apsu caldeu (o abismo sem fundo anterior à criação) ou o deus mais antigo que Deus, condenado ao vazio eterno por negar-se às fadigas e aos riscos da criação, passagem da unidade geradora à dualidade que estabelece a presença do outro).

lpd

o princípio ativo, o Sol ou a primeira manifestação da energia criadora. Representa também a unidade espiritual (f.: Pellegrini, L. (1995). Dicionário de Símbolos Esotéricos. São Paulo: Editora Três.)
ENCYCLOPAEDIA V. 51-0 (11/04/2016, 10h24m.), com 2567 verbetes e 2173 imagens.
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