"É necessário que ao menos uma vez na vida você duvide, tanto quanto possível, de todas as coisas". Dúvida metódica: uma reflexão que deixa de lado qualquer crença cuja verdade possa ser contestada, mesmo em parte. Dúvida hiperbólica, ferramenta filosófica (ninguém jamais duvidou realmente de todas as coisas). A única certeza é a da própria existência. Abandonou a fórmula "penso, logo existo" em favor de "penso, existo", porque a percepção de que existo é uma intuição direta, e não a conclusão de um argumento. Duvidar de que estou pensando é pensar. "Devemos investigar que tipo de conhecimento a razão humana é capaz de atingir, antes que comecemos a adquirir conhecimento sobre as coisas em particular". Sobre sua obra, supôs que a maioria "não se incomodará em apreender a ordem adequada dos meus argumentos e a conexão entre eles, mas simplesmente tentará reclamar de frases individuais, como é a moda" [1]. Homem é um ser constituído de duas substâncias distintas, mente e corpo [2] /v. Dualismo/.