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Omolu




Obaluaiyê quer dizer “rei e dono da terra”; sua veste é palha e esconde o segredo da vida e da morte. Está relacionado a Terra quente e seca, como o calor do Fogo e do Sol – calor que lembra a febre das doenças infecto-contagiosas. O lugar de origem de Obaluaye é incerto, há grandes possibilidades que tenha sido em território Tapá (ou Nupê) e se esta é ou não sua origem seria pelo menos um ponto de divisão dessa crença. Conta-se em Ibadã que Obaluaye teria sido antigamente o Rei dos Tapás. Uma lenda de Ifá confirma esta última suposição. Obaluaye era originário em Empê (Tapá) e havia levado seus guerreiros em expedição aos quatros cantos da terra. Uma ferida feita por suas Flechas tornava as pessoas cegas, surdas ou mancas.

Obaluaye representa a terra e o sol, aliás, ele é o próprio sol, por isso usa uma coroa de palha (azê) que tampa seu rosto, porque sem ela as pessoas não poderiam olhar para ele. Ninguém pode olhar o sol diretamente. Esta fortemente relacionado os troncos e os ramos das Árvores e transporta o axé Preto, Vermelho e Branco. Sua matéria de origem é a terra e, como tal, ele é o resultado de um processo anterior. Relaciona-se também com os espiritos contidos na Terra. O colar que o simboliza é o ladgiba, cujas contas são feitas da semente existente dentro da fruta do Igi-Opê ou Ogi-Opê, palmeiras pretas. Usa também bradga, um colar grande de cauris. É interessante notar que a lenda de Omolu/Obaluaye mescla toda a transição alquímica, da terra até o sol (ou transformação de Chumbo em Ouro), tal qual diversas outras mitologias e seus heróis na jornada de Malkuth até Tiferet.

Na mitologia católica, Omolu é sincretizado com São Lázaro.

f.: Projeto Mayhem

barsa

Omolu, ou Obaluaiê, é a divindade das Doenças contagiosas e traz o rosto e o corpo cobertos de palha-da-costa. Recebe sacrifícios de Bodes e Porcos. Gosta de pipoca e aberém (massa de milho branco assado em folhas de bananeira).
Identifica-se com são Lázaro e são Roque. Em sua Dança, representa os sofrimentos causados pelas doenças. Sua saudação é "Atotô!".
ENCYCLOPAEDIA V. 51-0 (11/04/2016, 10h24m.), com 2567 verbetes e 2173 imagens.
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