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Paraíso


Created sábado 21 agosto 2010

René Magritte. Território. 1957. Clique no link para ver a imagem em tamanho maior:rel://files/territory-1957(1).jpg!Large.jpg

Nome dado ao mítico Jardim do Éden, mencionado na Bíblia. Paraíso é quase sinônimo de céu, com a diferença de que a este último está conectada a idéia de infinita beatitude, enquanto que ao primeiro se associa uma idéia de prazeres algo sensuais e materiais. Ao lado da lenda judaico-cristã do paraíso perdido, quase todas as demais civilizações e religiões desenvolveram mitos análogos. Em todos eles, o “paraíso” pode ser considerado um símbolo do “centro místico” do qual tudo surgiu e para o qual tudo retornará. Modernamente, a simbologia do paraíso adquiriu conotações psicológicas, procurando-se interpretar esse conceito como sendo referente a um particular estado de consciência caracterizado pela harmonia consigo mesmo e com o mundo (f.: Pellegrini, L. (1995). Dicionário de Símbolos Esotéricos. São Paulo: Editora Três.).

Todo Jardim que existe é uma cópia do Jardim original. (Foster, T. C. (2010). Para ler literatura como um professor. São Paulo : Lua de Papel, 271 pp., trad. Frederico Dentello.)


Interpretar ressurreição e ascensão ao paraíso como ida para um lugar físico equivalente a paraíso é um erro de leitura do símbolo, é tomar as palavras literalmente, em termos de prosa e não de poesia; é ler a metáfora em termos de denotação e não de conotação. Ascender, aí, é caminhar para dentro, é retornar à fonte, ao espaço interior, para a consciência que é fonte de todas as coisas (p.59]. Despertar para a consciência de cristo, ou do buda, de que todos somos manifestações. (f.: Campbell, Joseph & Moyers, Bill. O poder do mito. Trad. Carlos Felipe Moisés. São Paulo: Palas Athena, 1990.)

O paraíso. Nirvana: O paraíso é o lugar da unidade, da não-dualidade entre macho-fêmea, deus-homem, bem-mal (p. 113]. A volta ao jardim é objeto de muitas religiões. Na porta do paraíso budista — o jardim com a Árvore da vida eterna — é guardada por dois guardiões, um com a boca aberta, outro com a boca fechada: são o medo e o desejo, um par de opostos (vide § 193] (f.: Campbell, Joseph & Moyers, Bill. O poder do mit o. Trad. Carlos Felipe Moisés. São Paulo: Palas Athena, 1990, p.113].

O paraíso budista é o nirvana, um estado psicológico da mente, no qual você se liberta do desejo, do medo e dos compromissos sociais (p. 170]. O lugar a ser encontrado está dentro de você mesmo, um ponto de quietude dentro de si mesmo, um Centro de quietude interior, que deve ser conhecido e preservado, um ponto que pertence à imóvel, que pertence à eternidade, intocado pelo tempo (p. 171]. É um estado da mente, da consciência, não um lugar físico (f.: Campbell, Joseph & Moyers, Bill. O poder do mito. Trad. Carlos Felipe Moisés. São Paulo: Palas Athena, 1990.)
ENCYCLOPAEDIA V. 51-0 (11/04/2016, 10h24m.), com 2567 verbetes e 2173 imagens.
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