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Self
index do verbete
Rosácea da basílica de Saint-Denis. O tema é a Criação, com Deus no centro, os seis dias da Criação no segundo círculo, o Zodíaco no terceiro círculo representando a harmonia da ordem celeste e, no círculo maior, os trabalhos dos homens que representam a ordem da terra. Tudo se expande e difunde a partir da irradiação do Bem. Disponível em: http://www.ricardocosta.com/pub/suger.htm - Acesso em: 25/02/2010. (apud C010i)
Created sábado 21 agosto 2010
Jung
O self é o arquétipo mais importante, o arquétipo da totalidade. Representa o conjunto completo dos fenômenos psíquicos do indivíduo, a unidade e totalidade da personalidade global. O conceito é parcialmente indefinido, porque engloba o não-experimentável (o inconsciente). Aparece empiricamente em sonhos, mitos e contos de fadas na figura de personalidades superiores (reis, heróis, profetas) ou símbolos de totalidade (círculo, quadrado, Cruz). E porque representa união dos opostos manifesta-se como dualidade unificada (Yin-yang, irmãos em litígio, Herói e rival). (s009r]
O self, símbolo da totalidade (196].
128. “Se uma indivíduo lutou séria e longamente com sua anima ou seu animus de maneira a não se deixar identificar parcialmente com eles, o inconsciente muda o seu caráter dominante e aparece numa nova forma simbólica. O self, o núcleo mais profundo da psique.
129. Símbolos do Self: para a mulher, uma figura feminina superior, sacerdotisa, feiticeira, mãe-terra, deusa da natureza. Para o homem, um iniciador masculino, guru, guardião, velho sábio, Merlin, Hermes.
Ou algo simultaneamente novo e velho: um(a) jovem com dons sobrenaurais, uma criança cósmica, o Homem Cósmico, o círculo e o quadrado, o 4 e seus múltiplos, a pedra, preciosa ou não, a pedra filosofal, o graal, animais bondosos e prestimosos (indicam a relação do Self com a natureza à sua volta e com o cosmos), o cristal.
130. O Self subsiste além de fluxo da vida de que temos consciência, de onde nasce a nossa noção de tempo. O Self é onipresente, não está totalmente contido na nossa experiência consciente de tempo.
131. Homem cósmico, adão, Gayomart, Purusha, P’anku, Cristo, Krishna, Buda, Anthropos.
O grande homem interior age como um redentor que tira o inconsciente do mundo e dos seus sofrimentos para levá-lo de volta à sua esfera original eterna. É o alvo final da vida. O objetivo principal do homem não é comer, beber, etc., mas ser humano.
A orientação extrovertida do ego em direção ao mundo exterior há de desaparecer para dar lugar ao homem cósmico. Isso acontece quando o ego se incorpora ao Self. O fluxo discursivo das representações do ego (que vai de um pensamento a outro) e de seus desejos (que correm de um objeto a outro) acalmam-se quando é encontrado o grande homem interior (203].
132. O Self, por ser total e pleno, aparece como um ser bissexual, porque reconcilia os pares conflitantes. Casal divino, real ou emitente. Casal de leões.
133. “Só ao aceitar o contato humano e o sofrimento é que a alma humana se transforma em um espelho no qual os poderes divinos se reproduzem” (205].
134. O Self, átomo nuclear da nossa psique, está de certo modo interligado ao mundo inteiro tanto interior quanto exteriormente.
135. No mundo civilizado a maioria dos sonhos cuida do desenvolvimento pelo ego da atitude interior correta em relação ao Self.
Nossa mente consciente cria continuamente a ilusão de um mundo exterior “real”, que bloqueia muitas outras percepções.
136.A pedra alquímica é o lápis (210]. Dúvida. O lápis é a matéria prima? Ou a pedra filosofal?
137. Sincronicidade, uma coincidência significativa entre acontecimentos interiores e exteriores que não têm entre si relação causal. Certos tipos de acontecimentos “gostam” de se agrupar em certos momentos.
3.G. As relações com o Self (212].
138. Tentar dar atenção cotidiana ao Self é como tentar viver simultaneamente em dois modos diferentes. O Self indica, pelos sonhos e acontecimentos externos que usa para simbolizar suas intenções, a direção para onde se move o fluxo da vida.
Estar atento às mensagens do Self, sem atenção excessiva ou insuficiente, “como um gato espreitando a toca do rato”.
Liberta-se de todas as dúvidas a seu próprio respeito e experimenta uma grande felicidade.
139. Razões que fazem o homem perder contato com o Self.
Impulso instintivo ou imagem emocional que o domina, leva à unilateralidade e faz perder o equilíbrio (perda da alma).
Devaneio excessivo em redor dos complexos, ameaçando a concentração e a continuidade da consciência.
Consolidação excessiva da consciência do ego.
140. Mandala, círculo mágico, símbolo do átomo nuclear da psique; o Círculo representa uma totalidade natural, o Quadrado representa a tomada de consciência dessa realidade. Vide §165.
141. Paisagens (v. Paisagem nos sonhos e na arte representam um estado de espírito inexprimível.
142. O lado direito indica o lado onde as coisas se tornam conscientes, o lado da consciência, da adaptação. Esquerda significa a esfera das reações inadaptadas, inconscientes, sinistras.
143. Conhecer-se, não remoendo pensamentos e sentimentos subjetivos, mas seguindo as expressões da própria natureza objetiva, como os sonhos e as fantasias genuínos, mais cedo ou mais tarde o Self emerge (215]??
144. Lado sombrio e obscuro do Self. Fantasias megalomaníacas ou outras ilusões capazes de possuir o homem, como por exemplo, a de ter resolvido os enigmas cósmicos. Perda do senso de humor e dos contatos humanos.
145. O processo de individuação exclui imitações de papagaio, petrificações, como copiar a experiência religiosa dos mestres.
3.H. O aspecto social do self (218].
146. Sensação de que o grande homem quer algo que nós, nos impõe tarefas, nem sempre agradáveis. Reagir positivamente, levar a sério a própria alma, atender ao inconsciente e obedecê-lo, faz aumentar a interferência constante do inconsciente nos planos conscientes.
147. A criança milagrosa que é símbolo do Self deprime o homem mas é a única coisa capaz de redimi-lo.
148. Quem tenta obedecer o inconsciente fica impossibilitado de fazer o que quer e o que os outros querem que ele faça. “Levar o inconsciente a sério é, afinal de contas, uma questão de coragem pessoal e de integridade” (227].
149. “Todas as tentativas para reprimir as reações do inconsciente a longo prazo acabam por falhar, já que estão em oposição fundamental aos nossos instintos” (222].
150. O Self tende a produzir pequenos grupos criando laços afetivos entre indivíduos. A devoção incondicional ao processo de individuação traz também melhor adaptação social.
151. O inconsciente tem vivo interesse nas representações religiosas conscientes do indivíduo.
152. As doutrinas religiosas oficiais pertencem à consciência coletiva (o superego) mas originalmente, há muito tempo, surgiram do inconsciente, uma revelação do inconsciente transmitida a um indivíduo.
153. Princípio da indeterminação de Heisenberg destrói a ilusão de se poder compreender uma realidade física absoluta. (?)
(f.: Jung, C. G. et allii (2000). O homem e seus símbolos. Rio de Janeiro : Ed. Nova Fronteira.)
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É uma representação do divino em nós, um símbolo da totalidade da psique, quando os opostos já estão unidos; uma meta individual que contém a possibilidade do Casamento interior, da psique consciente com a inconsciente, do masculino com o feminino em nós, sendo que os demais arquétipos subordinam-se a ele. O SELF simboliza a imagem psicológica de Deus na psique, a totalidade perdida no Éden /v. Paraíso/. (f.: Eliade, M. (2007). Dicionário de Símbolos. Trad. Márcia Naida. Disponível em l.ext.. Acessado em 17 maio 2013.)
ENCYCLOPAEDIA V. 51-0 (11/04/2016, 10h24m.), com 2567 verbetes e 2173 imagens.
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