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Cosmogonias

index do verbete
Tangaroa, produzindo deuses e homens (ilha Rurutu).


Cnum modela o filho do faraó na argila, enquanto Toth determina seu tempo de vida.

cpm


Geb e Nut, A separação entre o céu e a terra na cosmogonia egípcia. "Na iconografia egípcia, a posição do casal cósmico é invertida: o céu é a mãe; o pai é a vitalidade da terra" (Campbell).

No princípio os ancestrais não tinham sexo, não havia nascimentos ou mortes - vide § 66 acima] /v. Andrógino/. Numa imensa dança coletiva um dos participantes foi pisoteado e morto. O cadáver foi cortado em pedaços e enterrado. Então os sobreviventes foram separados por sexo, para que a morte pudesse ser, desde então, equilibrada pela procriação, e esta pela morte, pois das partes enterradas nasceram plantas comestíveis. O tempo sem tempo acabou, por meio de um crime comunitário /v. Queda/, ou Sacrifício deliberado. Tinha chegado o tempo de ser, morrer, nascer, matar e comer outros vivos para preservar a vida
Uma das funções da mitologia é conciliar a mente com essa pré-condição brutal de toda a vida, que sobrevive matando e comendo outras vidas. A essência da vida, pois, é essa: comer-se a si mesma. A vida vive de vidas - p. 44].
(f.: Campbell, Joseph & Moyers, Bill. O poder do mito. Trad. Carlos Felipe Moisés. São Paulo: Palas Athena, 1990.).


cronos devora um de seus filhos ([Goya])


Uma cosmogonia.


Quadro da criação tuamotuana. Abaixo: o Ovo cósmico. Acima: o povo aparece e dá forma ao universo

O deus da identidade disse ‘eu sou’, e assim que o disse sentiu medo, porque passou a ser uma entidade, no tempo, e sentiu-se só.
A primeira experiência do feto no útero é o medo. O medo é a primeira emoção que provoca a consciência de existir, a coisa que diz ‘eu’. O feto percebe (‘eu sou’), e sente medo. Sente-se só e sente desejo do outro, e irrompe no mundo da luz, do tempo, dos pares de opostos. (f.: Campbell, Joseph & Moyers, Bill. O poder do mito. Trad. Carlos Felipe Moisés. São Paulo: Palas Athena, 1990.

Cosmogonia de Aristófanes, no Banquete de Platão

No início havia criaturas compostas de partes que correspondem, agora, a dois seres humanos : macho/fêmea, macho/macho e fêmea/fêmea. Os deuses dividiram todos ao meio, e, divididos, buscaram abraçar-se uns aos outros, para reconstruir as unidades originais.

O som primordial. Referência ao Big Bang?

O som precipita o ar, depois fogo, terra e água, e assim surge o mundo. Todo o universo está incluído nesse primeiro som, nessa vibração, que conduz tudo à fragmentação na esfera do tempo - p. 56] - vide § 65].

Cosmogonia dos índios do sudoeste norte-americano

Havia pessoas, os ancestrais, vivendo nas profundezas, mas não eram verdadeiramente pessoas, sequer sabiam que eram pessoas. Até que uma delas rompe o tabu, e escapa por uma corda até o teto do mundo, chegando por um buraco a um novo mundo, trazendo, depois, os demais.

A blasfêmia de jeová, o que pensou que era deus.

Um dos problemas com Jeová é que ele se esqueceu de que era uma metáfora. Pensou que era um fato. E quando disse ‘sou deus’, ouviu uma voz dizer: ‘você está enganado, samael’, que significa ‘deus cego’, cego em termos da luz infinita da qual ele é uma manifestação histórica, local.
(f.: Campbell, Joseph & Moyers, Bill. O poder do mito. Trad. Carlos Felipe Moisés. São Paulo: Palas Athena, 1990).

A blasfêmia de Indra

Indra, salvando a terra, achou-se grandioso, e chamou o melhor deus-carpinteiro para construir um palácio à sua altura. Mas o queria tão colossal que o carpinteiro foi queixar-se a brahma, que pediu ajuda a Vishnu. Este apareceu a indra na forma de um menino negro-azulado, e diz a indra que houve incontáveis indras antes dele, neste universo, e há incontáveis outros universos com seus indras, e todos ascendem até se tornarem iluminados, e daí se acham grandiosos e se transformam em formigas, para começarem de novo o caminho da iluminação.
(f.: Campbell, Joseph & Moyers, Bill. O poder do mito. Trad. Carlos Felipe Moisés. São Paulo: Palas Athena, 1990).

Lenda dos índios Pima

Quando o mundo é criado, o salvador /v. Cristo/ emerge do centro da terra e conduz o povo do subsolo para o mundo. Mas eles, depois de salvo, o matam, não uma, mas muitas vezes, a ponto de pulveriza-lo, porque cada vez que é morto ele revive. Então, enfim ele se dirige a uma Montanha onde as trilhas são tão confusas que é impossível segui-lo. A menos que o buscador conheça o segredo do Labirinto - p. 122].
(f.: Campbell, Joseph & Moyers, Bill. O poder do mito. Trad. Carlos Felipe Moisés. São Paulo: Palas Athena, 1990).

A queda da deusa-mãe tiamat

Data do tempo do surgimento da cidade da Babilônia. A divindade do povo conquistado era a deusa de todas as mães. O povo conquistador venerava [Marduk]. Houve um concílio de deuses masculinos no céu, porque ouviram dizer que a vovó estava chegando, a velha [Tiamat], o abismo, a fonte inexaurível, ela surgiria na forma de um grande peixe ou dragão. Só marduk teve a coragem de mata-la, esquarteja-la, e com os pedaços do seu corpo morto criou o universo.
(f.: Campbell, Joseph & Moyers, Bill. O poder do mito. Trad. Carlos Felipe Moisés. São Paulo: Palas Athena, 1990).

o divino pimandro

(loc. vinc. § 2] No ‘pimandro’ o autor foi arrebatado e contemplou o divino pimandro, obtendo o conhecimento direto de deus e da natureza do universo. Viu uma visão de trevas e luz. Das trevas veio a substância básica que compõe o universo; da luz, o espírito e a razão. Do espírito nasce o Demiurgo, criador do céu e da terra e homem original, cuja residência natural seriam as estrelas. Mas o Demiurgo se apaixona pelo seu reflexo nas águas da terra, descende e fica preso ao mundo da natureza terrenal. Desse homem caído descende a humanidade atual, capaz de reascender (libertar-se da matéria e unir-se com deus), porque tem espírito imortal preso num corpo mortal. (f.: King, F. (1996). Magia: a tradição ocidental. Coleção Mitos, Deuses e Mistérios. Madri: Ediciones del Prado.)

Enuma Elish

Mito babilônico, c. 1800 a. C., o universo emerge de conflitos entre deuses, cada um deles representando algum elemento ou força da natureza (A2014m p. 167).

dicta

O Tempo, Cronos, castra o Pai /Castração/. O mundo tornou-se um lugar fechado, ordenado, limitado pelo céu e pela terra, no qual homens e deuses se enfrentariam, se odiariam e adorariam até a morte. (v. Papisa)

galeria


O monstro-Caos e o Deus-Sol (Assíria)

ENCYCLOPAEDIA V. 51-0 (11/04/2016, 10h24m.), com 2567 verbetes e 2173 imagens.
INI | ROL | IGC | DSÍ | FDL | NAR | RAO | IRE | GLO | MIT | MET | PHI | PSI | ART | HIS | ???